Saúde

Doenças respiratórias: Riscos, cuidados e tratamentos

Com a chegada da temporada de chuvas no Estado, ou mesmo das baixas temperaturas em algumas regiões ou países para onde muitos viajam, vale o alerta do que fazer para prevenir e evitar doenças respiratórias, especialmente entre crianças e idosos. Um exemplo é a pneumonite, doença que acabou por ceifar a vida do empresário Abílio Diniz aos 87 anos, após uma temporada dele de viagens em região de neve e ski.

Entre as principais doenças respiratórias estão a pneumonite e a pneumonia, ambas capazes de comprometer seriamente a saúde pulmonar e exigir atenção médica imediata. Para esclarecer as diferenças entre essas enfermidades e fornecer orientações preventivas, o médico intensivista Dr. Aminadabe Sousa, Coordenador Clínico do Hospital do Servidor Estadual (HSE – HSLZ), dá as orientações.

Compreendendo as Diferenças

“Pneumonite e pneumonia são termos frequentemente confundidos, mas representam condições distintas”, esclarece o Dr. Aminadabe.

“A pneumonite – assim como outras doenças de sufixo ite, como apendicite, bronquite de denotam inflamação – refere-se à inflamação não infecciosa, neste caso dos pulmões, geralmente causada por agentes externos irritantes como poeira, produtos químicos ou resíduos gástricos por exemplo. Já a pneumonia sempre se relaciona a um agente infeccioso – seja ele por vírus, bactérias ou fungos. Ou seja, pneumonia é uma infecção nos pulmões, que pode ser mais grave e requerer tratamento específico” diferenciou o médico intensivista.

O diagnóstico diferencial entre essas doenças é crucial para um tratamento eficaz. Enquanto a pneumonite pode se manifestar gradualmente, com sintomas como tosse seca, falta de ar e desconforto torácico, a pneumonia geralmente apresenta sintomas mais agudos, incluindo febre alta, tosse produtiva com muco amarelado ou esverdeado, e calafrios.

Mas independente da doença, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações graves e deve ser feito somente por profissionais, nunca via automedicação, alerta o médico do HSE-HSLZ, que enfatiza a importância de procurar atendimento médico logo ao primeiro sinal de sintomas respiratórios:

“O recomendado é que se busque um serviço de saúde logo que sentir algum sinal, para obter uma avaliação adequada e receber o tratamento direcionado para cada caso, pois o tratamento depende da etiologia – podendo ser vírus, bactérias ou fungos, e cada qual com uma abordagem específica” enfatiza.

Vale reforçar a necessidade de exames de imagem, como radiografias e tomografias, que são essenciais para confirmar o diagnóstico e determinar a gravidade da condição e o tratamento adequado, que pode incluir medicamentos anti-inflamatórios, antibióticos e terapia de suporte.

Prevenção: Orientações para manter a saúde pulmonar

Para os idosos, que muitas vezes são mais vulneráveis a complicações respiratórias, medidas preventivas são essenciais. O Dr. Aminadabe compartilha algumas dicas importantes:

“A prevenção eficaz inclui algumas medidas como a vacinação contra pneumococo e gripe especialmente, além de medidas gerais como higienização das mãos feita regularmente e de forma adequada; evitar o tabagismo e ambientes poluídos. E o mais importante, manter um estilo de vida saudável para fortalecer o sistema imunológico” completou o médico.

Também é recomendável evitar a exposição a substâncias irritantes, como fumaça de cigarro e poluentes ambientais, assim como ambientes com mofo, pode ajudar a proteger os pulmões contra danos.

Ao adotar essas medidas preventivas, as pessoas podem reduzir significativamente o risco de desenvolver pneumonite, pneumonia e outras doenças respiratórias.

No entanto, o acompanhamento médico regular e a prontidão para buscar ajuda ao primeiro sinal de sintomas são fundamentais para garantir uma boa saúde pulmonar e bem-estar geral.