Digitalização avança na Vara de Sucessões da capital
A Vara de Interdição e de Sucessões de São Luís, que funciona no Fórum Desembargador Sarney Costa, prossegue virtualizando o acervo físico da Unidade por meio do projeto Digitalizar Já. A iniciativa, que partiu da Secretaria, tem o apoio do juiz titular da Unidade, Hélio de Araújo Carvalho Filho, que destacou os benefícios da digitalização para a melhoria da prestação jurisdicional.
Ele explicou que foram separados todos aqueles processos físicos que estavam com tramitação normal, excluindo-se aqueles já sentenciados e ressaltou que a virtualização vai conferir mais celeridade na movimentação processual. O magistrado ainda destacou que os fluxos de trabalho foram redefinidos e que a Unidade não interrompeu o atendimento às partes e aos advogados.
“Não tem como parar aqui só para digitalizar. E a questão não é só de digitalização, mas de migração, porque é necessário ter muita atenção, os processos são complexos e é preciso verificar a quantidade e o nome das partes, pois temos inventário com até quarenta pessoas para lançar no sistema. Além disso, é necessário intimar os advogados para tomar conhecimento da digitalização”, esclareceu.
O trabalho teve início no mês de setembro e a previsão é de que seja finalizado até o dia 18 de dezembro. Segundo a secretária da Vara de Interdições, Marcia Cerqueira, a iniciativa conta com a participação direta de seis servidores e o fluxo de trabalho foi baseado no manual do Projeto Digitalizar Já, sendo adequado à realidade da Unidade. “Nós criamos cinco etapas conforme nossa realidade: fichamento, digitalização, conferência, migração e arquivamento dos autos físicos”, explicou.
A secretária também destacou a complexidade do processo e o cuidado que a equipe precisa ter para executar as etapas. Ao todo, 450 processos físicos foram selecionados, dos quais 125 já tiveram o procedimento de digitalização concluído. Ela enfatiza que o resultado do trabalho refletirá em mais celeridade e na movimentação processual. “Entendemos que é um trabalho que agora damos um passo para trás, mas vai possibilitar dar dez para frente”, afirmou.
DEMANDA EM ALTA
O juiz Hélio de Araújo lembrou que houve um aumento significativo de ações de curatela durante a pandemia e que, devido à complexidade dos processos de competência da Unidade, seria importante a instalação da 2ª Vara de Interdição. “São processos complicados, envolvem muitas partes com disputas que demandam tempo considerável, e nós sentimos essa cobrança das partes e advogados”.
O magistrado informou que atualmente a demanda de novas ações está em torno de 160 processos por mês e ressaltou que não é a quantidade, mas a complexidade dos feitos que exige um trabalho redobrado da equipe. A Unidade também possui um alto fluxo de atendimento a advogados e partes.