Democracia em Cena: Festival Guarnicê de Cinema anuncia o tema da 46° edição

O Festival Guarnicê de Cinema, um dos eventos mais tradicionais do calendário cinematográfico brasileiro, anunciou o tema e a identidade visual da sua 46° edição. A responsável pelo projeto é a artista Silvana Mendes, que utilizou técnicas de colagem para elaborar a arte.

O tema “Democracia em Cena”, segundo a coordenação do festival, foi escolhido com o objetivo de reforçar a importância do acesso ao cinema, do respeito à diversidade e da promoção de um ambiente de tolerância e diálogo.

Anualmente, o Guarnicê escolhe motes que orientam a programação do festival e conversam com o momento vivido pela sociedade maranhense e brasileira. “Democracia em Cena” reafirma o caráter transformador do cinema nacional, histórica ferramenta na defesa dos valores democráticos.

De acordo com Silvana Mendes, “a identidade visual foi pensada como uma homenagem ao cinema local, sobretudo às mulheres do audiovisual que trabalham com a imagem em sua amplitude maranhense e que jogam luz às questões necessárias e simbólicas das nossas histórias, ressaltando o protagonismo feminino”.

O Festival Guarnicê de Cinema ocorre no período de 09 a 16 de junho, realizado pela Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O evento será promovido em formato híbrido. Em São Luís, a programação ocorre nos teatros Arthur Azevedo, João do Vale, Napoleão Ewerton e Aldo Leite (Palacete Gentil Braga). Pela internet, será possível acompanhar o festival pelo site guarnice.ufma.br e pelo aplicativo Cine Guarnicê.

Saiba mais sobre Silvana Mendes

Vive e trabalha em São Luís, Maranhão. É multiartista visual, cuja prática se manifesta a partir de pesquisas sobre questões raciais, territoriais e políticas de afirmação. Trabalha com colagem, pintura, vídeo e fotografia na busca por novos significados para símbolos e narrativas visuais. Através de suas “afetocolagens”, procura desconstruir as visualidades negativas e estereótipos impostos aos corpos negros no curso da história Afro-Atlântica. A artista também recorre ao muralismo e ao lambe como suportes para disseminação daquilo que considera uma “didática artística decolonial”, procurando debater os lugares de poder nas obras de arte, a elitização e o recorte social/racial dos movimentos artísticos. 

Artista indicada ao Prêmio PIPA 2023 e entre as exposições que participou nos últimos anos, destaque para: “Um Defeito de Cor”, Museu de Arte do Rio – MAR, Rio de Janeiro, 2022-2023; “Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para os Brasileiros”, Instituto Moreira Salles – IMS, São Paulo, 2021-2022; “Raio a Raio”, Solar dos Abacaxis / Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM Rio, 2022;  “Vozes Contra o Racismo”, Secretaria de Cultura de São Paulo, 2020; e “III Bienal do Sertão de Artes Visuais”, Vitória da Conquista, BA, 2017.