Construa uma base sólida para sua estabilidade financeira: estratégias para sair do endividamento
Recentemente, embora a sociedade tenha voltado a viver normalmente, a pandemia da Covid-19 acarretou mudanças estruturais significativas nas relações sociais. Além de moldar o mercado de trabalho e acelerar a digitalização de algumas profissões, também deixou marcas na organização econômica em escala individual.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), entre os anos de 2020 e 2022, o número de famílias com dívidas passou de 66,5% para 77,9%, representando uma alta de 11,4 pontos percentuais.
É importante deixar claro que, nesse mesmo período, a taxa Selic, taxa básica que mede os juros no território brasileiro, utilizada pelo Banco Central como ferramenta que influencia a economia, que controla a inflação, estimulando o crescimento econômico, passou de 2% para 13,75%, valor que impera atualmente.
Quais as melhores estratégias para sair da inadimplência?
Como o cenário econômico em escala individual mostra-se caótico, muitos brasileiros estão procurando alternativas para sair do vermelho. Sair do estado de inadimplência é um movimento que pode ser mais complexo do que muitos imaginam. Inicialmente, para reverter essa situação, é preciso mapear todas as dívidas. Sabendo quais são todas elas, o próximo passo é organizar as finanças.
Saber quanto dinheiro entra na sua conta todo mês e quanto dele é gasto com as contas básicas é elementar. Outro ponto importante nesse processo é fazer a negociação de dívidas. Às vezes, o valor da dívida pode ser muito elevado, devido aos juros. Nesse caso, as instituições costumam negociá-las para o devedor conseguir efetivamente quitá-las.
Por conseguinte, um dos principais causadores do endividamento é o uso do cartão de crédito. Um dos erros mais cometidos pelas pessoas é deixar de controlar o seu uso. Nesse sentido, optar por fazer compras à vista é uma forma de evitar a ampliação da dívida. De acordo com especialistas, as compras parceladas proporcionam uma falsa sensação de que gastou-se pouco, quando, na verdade, isso não é a realidade.
Por fim, uma maneira de amenizar as dívidas é começar pagando aquelas que possuem os juros mais altos. Esse tipo de dívida deve ter a prioridade máxima, uma vez que são as principais causadoras do aprofundamento da inadimplência. Por fim, uma alternativa que pode funcionar, também, é fazer um empréstimo pessoal.
Fazendo esse tipo de empréstimo, é possível pegar o valor total de todas as dívidas e quitá-las. Assim, no final das contas, a única dívida que precisará ser paga será a parcela do empréstimo, facilitando ainda mais a organização, além de reduzir os juros rotativos significativamente. É preciso entender que, para sair desse cenário, é necessário ter controle e organização.