Saúde

Como cuidar da saúde íntima durante o verão?

No verão, a saúde íntima pode precisar de atenção especial. Em meio a banhos de mar e festas de suar, as condições da região podem se tornar favoráveis à proliferação de microrganismos causadores de infecções. Por esse motivo, é importante, tanto para as mulheres quanto para os homens, entender do assunto e tomar certas medidas preventivas. 

Microbiota

As microbiotas, também conhecidas como “flora”, são comunidades de microrganismos presentes nos diferentes tecidos humanos. Essas comunidades são compostas por bactérias, fungos, protozoários e outros organismos que convivem entre si.

O equilíbrio da microbiota vaginal ou microbiota peniana é essencial na prevenção de doenças. No verão, no entanto, a exposição ao calor, o suor, a água do mar e outros agentes podem causar o desequilíbrio, resultando em problemas de saúde.

Infecções

A Candida albicans é um fungo que pode estar presente na microbiota íntima. Quando o sistema fica desequilibrado, ficando favorável à Candida albicans e desfavorável a outros microrganismos, pode ocorrer um supercrescimento da espécie, o que ocasiona a infecção fúngica conhecida como candidíase.   

A infecção urinária também é causada por um supercrescimento bacteriano e pode ter origem nos microrganismos presentes na região íntima. No verão, o desequilíbrio pode acontecer com maior facilidade.

Quais cuidados tomar?

A higiene é essencial, tanto após a visita à praia quanto no dia a dia no escritório. A região íntima, tanto a feminina quanto a masculina, tem características que favorecem o descuido. Em especial, as mulheres precisam de muita atenção com a vulva, que pode se tornar úmida e abafada demais, e o mesmo vale para os homens que possuem prepúcio. 

Os sabonetes neutros ou de coco são ótimas opções para manter a região limpa sem agredir a mucosa. O hábito de secar a região deve ser comum, principalmente aos homens, que, muitas vezes, nutrem um certo descaso para com a ação.

Para evitar o abafamento constante, recomenda-se o uso de roupa íntima leve e que permita que a área respire e não acumule umidade. Conjuntos de calcinhas forradas de algodão ou kits de cuecas Zorba são itens acessíveis. O algodão, em especial, é recomendado no lugar de tecidos sintéticos, pois não irrita a pele. Modelos de roupa íntima adequada incluem cuecas boxer e calcinhas que não sejam de renda, pois o tecido pode irritar e prejudicar o pH vaginal, fator-chave no equilíbrio da microbiota. 

A troca de roupa íntima durante o dia também é incentivada, pois não é saudável manter a mesma peça se ela estiver muito úmida. Da mesma maneira, não é ideal permanecer muito tempo com roupas de banho úmidas. Tanto homens quanto mulheres podem dormir sem roupa íntima para permitir que a região respire e restabeleça suas condições padrão. 

E, no caso do surgimento de infecções ou sintomas anormais, é recomendada a visita ao urologista ou ao ginecologista.