Coletivo Nós propõe que bancas de jornais e revistas se tornem patrimônio cultural de São Luís
Com o avanço das tecnologias digitais, bancas de jornais e revistas têm perdido espaço em São Luís. Pensando nisso, o Coletivo Nós (PT) propôs, por meio do PL 247/21, que as bancas de jornais e revistas da capital se tornem Patrimônio Cultural de natureza imaterial do município.
De acordo com a proposta, monumentos, prédios históricos, dentre outras manifestações culturais, guardam a memória das cidades. A medida, que visa proteger um desses bens, tem o objetivo de preservar os aspectos culturais das comunidades, onde a presença das bancas de revistas e jornais já foi muito forte, em períodos em que a tecnologia digital não era tão acessível.
“Em São Luís as bancas de jornais e revistas se consolidaram ao longo das últimas décadas como polos de informação e cultura, estando tradicionalmente inseridas no costume do cidadão ludovicense”, destaca o co-vereador Jhonatan Soares, do Coletivo Nós.
Consideradas mídias fundamentais antes do apogeu da internet, jornais e revistas impressas tiveram seu auge nas décadas de 1980 e 1990, quando começaram a surgir as bancas para comercialização destes bens, como forma de substituir a figura do jornaleiro. No projeto, o Coletivo destaca que, assim como em outras cidades, a estruturação dessas bancas na capital visava a instalação em pontos estratégicos e até mesmo históricos, como praças, esquinas e vias de grande movimento.
“Além de um patrimônio da cidade, as bancas também são um dos comércios mais antigos do município, que foram surgindo ao longo dos anos e contribuindo para a difusão cultural do município. Nesse sentido, as bancas deverão ser reconhecidas como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial”, diz a justificativa da proposta.