Círculo restaurativo é realizado no Centro Socioeducativo Florescer
A Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), por meio do Centro Socioeducativo Florescer, realizou um círculo restaurativo com o tema: O Combate ao Trabalho Infantil, pelo processo circular conhecido como aquário, em que são formados dois círculos, sendo um menor dentro de outro maior, o que possibilita que os participantes do círculo interior tenham participação ativa enquanto os do círculo exterior atuam como observadores, que ao final podem ou não compartilhar suas sensações e observações.
A diretora do Centro, Miriam Machado, destaca que a atividade oportunizou a todos dialogar sobre o tema que ainda hoje é um problema sério no Brasil. As socioeducandas participaram ativamente do círculo, expondo suas opiniões e exemplificando situações já vivenciadas.
“A oportunidade de se dialogar sobre o tema proporcionou conhecimento acerca da legislação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que trata o Trabalho Infantil como crime e é ilegal até os 16 anos de idade. Somente em condição de Jovem Aprendiz permite atividades a partir dos 14 anos de idade. Nossas crianças precisam ter seus direitos resguardados e respeitados e todos nós somos responsáveis por assegurar os direitos das mesmas”, afirma Miriam.
A socioeducadora Iara Everton, que conduziu o círculo, ressalta que as práticas restaurativas norteiam o trabalho da socioeducação e que todos os meses tentam incluir os círculos restaurativos no planejamento das atividades. “Aproveitamos alguns temas pertinentes, ou de acordo com as necessidades internas, de modo que faça parte da nossa rotina, reproduzimos essas práticas diariamente, seja com uma pergunta, uma declaração afetiva em reunião. O efeito positivo sobre o ambiente institucional como um todo se mostra gradativo, e é perceptível na conduta individual das adolescentes que cumprem medida socioeducativa”, comenta.
“A proposta de realizar o círculo aquário permite um diálogo mais amplo, com diversos pontos de vista, um debate mais extenso. Trabalhar o tema de Combate ao Trabalho Infantil dentro desta metodologia foi muito proveitoso, com a participação efetiva dos servidores e socioeducandas”, complementa Iara Everton.