Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave aumentam 309% em crianças
A média de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) cresceu 309% entre crianças de 5 a 11 anos. O dado é do Boletim Epidemiológico Infogripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo o relatório, o Maranhão é um dos estados brasileiros com tendência de aumento de casos desse quadro clínico.
O termo designa um conjunto de sintomas, como dificuldade para respirar, sensação de peso no peito, redução da oxigenação no sangue ou rosto e lábios azulados ou arroxeados. Crianças também podem apresentar falta de ar ou sinais de desidratação. O pneumologista do Sistema Hapvida, Walter Netto, explica que a síndrome é característica da evolução de quadros gripais.
“Houve recentemente um grande aumento desses casos em crianças, e é preciso estar atento aos sintomas”, alertou.
CAUSAS
Segundo a Fiocruz, as principais causas da síndrome em crianças atualmente estão relacionadas ao agravamento de quadros de infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), causador de pneumonias; e também pelo coronavírus.
No Maranhão, o período de chuvas, além da volta às aulas, com ambiente cheio de pessoas, pode estar entre os principais responsáveis pelo aumento de casos dessa condição. “Com as chuvas, há um aumento natural da presença viral nos ambientes, especialmente no caso do Vírus Sincicial Respiratório”, explica o médico.
O pneumologista lembrou ainda que, como os pulmões são órgãos vitais para o ser humano, a intervenção rápida é fundamental para a recuperação adequada e sem sequelas dos pacientes de qualquer faixa etária. “É fundamental que, no caso de uma infecção gripal, as crianças sejam levadas a médicos especializados, que serão capazes de monitorar o estado do paciente e avaliar os riscos”, frisa.