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Caravana do Patrimônio Cultural Brasileiro inicia em Pindaré Mirim sua jornada pelo Maranhão

A Caravana do Patrimônio Cultural Brasileiro iniciou nesta segunda-feira (20/06)  em Pindaré Mirim, no Maranhão, no histórico Engenho Central de São Pedro, edifício tombado pelo Iphan, sua jornada de sete meses por oito municípios do Maranhão e do Pará. O Projeto, que ficará, em média, 15 dias em cada cidade, está possibilitando que centenas de crianças e jovens, a partir de cinco anos de idade, tenham a oportunidade de conhecer, interagir e vivenciar sete diferentes experiências sensoriais sobre o patrimônio cultural.

No espaço de 520m², são abordados diferentes aspectos do patrimônio material, imaterial, arqueológico e mundial, tendo como foco um despertar das novas gerações para a importância do reconhecimento e da preservação desses bens. A Caravana é gratuita, aberta ao público em geral todos os dias, em dois turnos, manhã e tarde, sem necessidade de agendamento, com acesso prioritário de grupos escolares. O Projeto tem capacidade para receber até 400 pessoas diariamente.

“Atingimos na abertura a meta de 200 a 230 pessoas por turno. Tivemos, inclusive, de abrir um horário extra, às 8h, para poder receber mais estudantes vindos de cidades vizinhas como Santa Inês e Bom Jardim. As experiências funcionaram na prática em sua plenitude exatamente como projetamos na teoria. As crianças e jovens ficaram fascinados com as atividades interativas de dança e pintura. Na área de arqueologia, se encantaram em explorar tudo usando lupa e lanterna”, conta o produtor Luiz Prado, da LP Arte, curador do Projeto.

A Caravana pretende dar a oportunidade para que os participantes possam, por meio do conhecimento, ampliar os horizontes, valorizar a autoestima e ganhar um novo olhar para si mesmo e o mundo, por meio da vivência do patrimônio cultural. Nesse sentido, a palavra-chave da proposta é acolhimento, tendo como ferramenta três pilares: empatia, emoção e, por fim, transformação. Produzida pela carioca LP Arte, a Caravana é patrocinada pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e parceria das secretarias de educação das cidades visitadas.

O tempo médio em cada experiência dura entre 7 e 14 minutos, com dez pessoas por vez, atendendo simultaneamente até 70 participantes. Toda a jornada é acompanhada por monitores, divididos por todos os sete núcleos do projeto. Diariamente são disponibilizados ônibus gratuitos para o transporte de ida e volta dos estudantes, com capacidade média para 40 pessoas. O projeto também promove condições de acessibilidade, com disponibilização de intérpretes de libras, produção de conteúdo em braile e espaço acessíveis para cadeirantes.

“Os monitores são altamente especializados. Passaram por um mês de treinamento com a Verônica Marques, que é design de experiências com passagem pela Disney. Eles vão além da condução técnica, ajudam, estimulam e provocam os visitantes para a parte sensorial”, destaca Luiz.

A Caravana também convida, ao longo do seu trajeto, outras manifestações culturais locais envolvendo a comunidade para participar dessas experiências. Em Pindaré Mirim, o convidado é o grupo Bumba-Meu-Boi Capricho de São João.

E assim, na contramão dos grandes eventos focados nas principais capitais, a experiência única e ambiciosa de cultura, educação e entretenimento está sendo levada para o público infantojuvenil de cidades do interior do Nordeste e do Norte do Brasil. As próximas cidades serão Alto Alegre do Pindaré, Buriticupu e Açailândia, no Maranhão, e Bom Jesus do Tocantins, Marabá, Parauapebas e Ourilândia do Norte, no Pará.

AS EXPERIÊNCIAS

Para viabilizar a imersão, a Caravana conta com uma série de objetos, vídeos, espaços de interatividade, brincadeiras e muitas outras experiências que conversam com o público dessas cidades, ao mesmo tempo em que permite que eles façam uma verdadeira viagem pelo Brasil por meio do patrimônio cultural em toda sua diversidade e riqueza.

A primeira experiência que atravessa o participante da Caravana é a Arena do Aprendizado, onde os visitantes são apresentados, por meio de imersão em vídeo, aos bens que compõem o patrimônio material e imaterial do país, passando pela arqueologia e pelos sítios reconhecidos pela Unesco como patrimônio mundial no Brasil. Um game interativo onde os visitantes se divertem com algumas das danças que compõem as diversas formas de expressão da nossa cultura faz parte da segunda fase, a de Engajamento. Na terceira, um portal de transição formado por itens expositivos com jornada explicativa e gamificada celebra os saberes e ofícios produzidos pela nossa população e transmitidos de geração para geração. A curiosidade segue como mote da quarta experiência, que conduz os participantes por uma lúdica viagem de balão pelas imagens e paisagens dos 16 destinos brasileiros considerados como Patrimônio Mundial.

Na quinta experiência é hora de colocar as mãos à obra, reconhecendo por meio da observação e da descoberta que é a criatividade humana que produz as riquezas do patrimônio cultural. Inspiração é o foco da sexta experiência, onde, com o uso da lupa que simula o olhar atento que atravessa as camadas de história, os visitantes podem compreender mais sobre as nuances do patrimônio arqueológico. Por último, em uma arena com palavras e uma experiência simbólica e sensorial conduzida pela narração imersiva, a Caravana convida os participantes a se perceberem como parte pertencente e responsável pela cultura e pelo patrimônio.

Em paralelo às experiências, está sendo realizado um workshop de capacitação de 100 professores e educadores em cada cidade. O objetivo é apresentar formas dinâmicas de introduzir o tema em atividades nas salas de aula ou até mesmo extracurriculares. As escolas participantes serão, assim, uma espécie de base central de difusão de conhecimento para outras instituições de ensino da cidade e dos municípios vizinhos. Ao longo desses sete meses de projeto, a Caravana pretende alcançar 40 mil pessoas diretamente, abrangendo um total de 30 municípios e mais de 120 escolas.

Serviço

Cidade – Pindaré Mirim

Período – 20 de junho a 3 de julho

Horário – Das 8h às 12h e das 14h às 18h

Endereço – Engenho Central (Rua São Pedro, 696)

Entrada gratuita