Braide recebe presidente do IPHAN para visita técnica ao palacete da Rua Formosa, futuro polo cultural e turístico de São Luís

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide, recebeu, nesta terça-feira (13), o presidente nacional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Leandro Grass, para uma visita técnica à obra do palacete da antiga Rua Formosa – atual Rua Afonso Pena, 46, Centro Histórico de São Luís. O palacete, que está passando por um processo de restauração, será transformado em um polo cultural e turístico da cidade.

“Estamos aqui no palacete realizando essa restauração que resgata a história de São Luís neste que é um dos principais prédios do Centro Histórico. Em colaboração com vários parceiros, vamos entregar esse presente à população e à cidade de São Luís”, destacou o prefeito Eduardo Braide.

Com um investimento de R$ 15 milhões, a obra teve início em março de 2023 e tem previsão de conclusão em fevereiro de 2025. A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal do Patrimônio Histórico (Fumph), o IPHAN e o Ministério da Cultura, sendo gerida pelo Instituto Pedra. A obra também conta com o apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e do Instituto Cultural da Vale.

O presidente do IPHAN, Leandro Grass, expressou sua satisfação em acompanhar o andamento das obras e reforçou o compromisso do instituto em preservar e valorizar o patrimônio histórico e cultural do país. “Quero parabenizar a Prefeitura de São Luís e todos os atores envolvidos nessa obra tão importante e que, em breve, vai se tornar mais um equipamento público e de acesso à população, trazendo vida e desenvolvimento para o Centro Histórico de São Luís”, enfatizou o presidente.

Para a presidente da Fumph, Kátia Bogéa, a restauração do palacete da Rua Formosa é um marco para a preservação do patrimônio de São Luís. “Esta é uma herança portuguesa e São Luís tem se preocupado com o seu patrimônio e nós estamos trabalhando arduamente para a preservação dele, com uma obra que é referência no Brasil”, disse.

O Instituto Pedra é quem vai gerenciar todas as intervenções, e para o presidente do órgão, Luís Fernando de Almeida, “essa obra é um incentivador para um processo maior de recuperação do Centro Histórico de São Luís”.

Durante a visita técnica, estiveram presentes Maria Rita Amoroso, coordenadora geral do Fórum Internacional de Patrimônio Arquitetônico Brasil; Lena Fernandes, superintendente estadual do IPHAN no Maranhão; Mário Augusto, representante da Organização das Cidades Brasileiras Patrimônio Mundial; e Marcelo Helal, da MH Arquitetura Urbanismo e Construções.

A restauração desse importante patrimônio histórico promete oferecer à população e aos visitantes um espaço revitalizado e repleto de atividades culturais, enriquecendo a experiência turística na capital maranhense.

Intervenções

Os serviços no palacete preveem obras de restauração e adaptação arquitetônica com acessibilidade para públicos com mobilidade reduzida, deficiência visual e auditiva; criação de um centro de informação turística com exposição sobre a cidade; criação de auditório com 57 lugares, para receber programação cultural variada; reabertura de mirante com vista para o Centro Histórico da cidade; criação de espaço para espetáculos e atividades educativas no quintal com programação gratuita, entre outras.

Palacete

O palacete situado à Rua Afonso Pena, 46 (antiga Rua Formosa) é um importante exemplar da arquitetura luso-brasileira do início do XIX, e mantém parcialmente preservado o sistema construtivo original, com técnicas do período Pombalino, adotado na reconstrução de Lisboa após o terremoto de 1755.

Ao longo dos anos, o palacete serviu de residência, mas também teve usos como comércio, colégio, hotel, companhia de gás, escritório de advocacia, clube de lazer, tribunal de justiça, tabelionato, sede do jornal O Imparcial, e por fim, em 1992, foi adquirido pela Prefeitura Municipal de São Luís.

Este projeto é parte de um movimento de recuperação do Centro Histórico de São Luís, Patrimônio Mundial reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1997, e visa a restauração de imóveis icônicos da cidade, gerando um impacto visível para toda a população e visitantes da cidade. O projeto arquitetônico traz soluções que recuperam a arquitetura do palacete, mantendo ao máximo seus elementos originais, aproveitando toda sua área construída.