Automedicação pode diminuir defesa do corpo e agravar complicações da Covid-19
Uma pesquisa preliminar da Universidade de Oxford aponta que a dexametasona – um corticoide barato e de fácil acesso – é o primeiro remédio capaz de reduzir mortes por Covid-19 em casos graves. Mas os cientistas alertam que ele só foi usado em casos graves (pacientes intubados ou que estavam com apoio de oxigênio) e não deve ser usado em pacientes leves ou como forma de prevenção.
O uso de corticoide oral deve ser cauteloso e excepcional. “Vale lembrar que dada à falta de eficácia comprovada na COVID19 e possíveis danos como atraso no clearance (eliminação) do vírus da via respiratória, os corticoides devem ser evitados,” alerta a pediatra Dra Loretta Campos.
De acordo com a Dra. Loretta Campos, pode existir uma exceção para uso de corticoide sistêmico nas crianças como em crise de asma, doença pulmonar obstrutiva crônica e choque séptico. “Nas crianças com asma os pais devem manter o tratamento de manutenção (corticosteroides inalados, broncodilatadores de longa duração, imunoterapia). Além de desencorajar o uso de nebulização, por conta do risco de dispersão dos aerossóis. Usar os sprays, bombinhas”, finaliza.
Dra. Loretta Campos: Pediatra e Consultora de Aleitamento Materno – CRM 10819 – GO | RQE 5373 – Pediatra pela Universidade de São Paulo (USP), Consultora Internacional em Aleitamento Materno (IBCLC), Consultora do sono, Educadora Parental pela Discipline Positive Association e membro da Sociedade Goiana e Brasileira de Pediatria. A médica aborda temas sobre aleitamento materno com ênfase na área comportamental da criança e parentalidade positiva.