Ampliação dos leitos na Maternidade de Alta Complexidade zera a fila de espera por UTI Neonatal

“O atendimento é muito bom, tanto para os bebês quanto para as mamães. Nós só saímos do hospital depois que a criança tem alta, o que nos possibilita passar mais tempo com os bebês e acompanhar 24 horas por dia a evolução deles”, diz Maria José Santana, 32 anos. A paciente, que mora na cidade de Santa Rita, teve a sua primeira filha, Melissa Vitória, com apenas sete meses por conta de complicações na gestação devido à pressão alta. O parto foi realizado na Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão (Macma), no dia 4 de outubro, e por conta da prematuridade e do baixo peso, ela teve que ficar na UTI por cerca de um mês. Atualmente, ela está em um leito de uma Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (Ucinca) com a mãe.

A Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão teve seus serviços expandidos no mês de outubro para oferecer uma melhor assistência para as mães e seus bebês. Na ampliação realizada pelo Governo do Estado foram acrescentados mais 32 leitos de internação, divididos entre 12 de Alojamento Conjunto para puérperas (mulheres em pós-parto) e 20 de UTI Neonatal. Entre os novos leitos de UTI Neonatal (UTIN), 5 são de Unidade de Cuidados Intermediário Convencional (Ucinco) e 15 da Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (Ucinca).

Com a reorganização dos leitos, a unidade agora conta com 30 UTIN, 30 UCinco, 15 Canguru e 43 leitos no alojamento conjunto. Além disso, a unidade também dispõe de oito leitos de UTI Materna. A nova estrutura possibilitou o atendimento completo a todos os bebês em espera por UTI Neonatal. Em visita aos espaços ampliados na unidade, o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, destacou que a reestruturação da maternidade tem dois sentidos, a humanização do trabalho e do cuidado e a melhoria da assistência disponibilizada para as mamães e os bebês.

“A gestão estadual tem investido no fortalecimento da rede pública de saúde e na ampliação da oferta de assistência de alta complexidade. Além da Macma, disponibilizamos também mais 40 leitos na Santa Casa, o que permitiu que não tenhamos mais bebês em espera por um leito de UTI Neonatal. Com esse avanço na área materna-infantil, estamos reafirmando nosso compromisso em salvar vidas”, destaca o secretário Carlos Lula.

Aline dos Santos, 32 anos, de Olinda Nova do Maranhão, comprova os resultados positivos dos investimentos. Também por complicações devido à pressão alta, deu à luz no dia 24 de dezembro de forma prematura, com apenas 32 semanas, ao seu filho, Raimundo Nonato, que hoje também ocupa um leito de Ucinca na Macma. Com os olhos bem atentos no desenvolvimento do seu filho, ela agradece o cuidado recebido na unidade. “Só tenho a agradecer pelo ótimo atendimento, os profissionais são muito acolhedores e me atenderam muito bem. É muito gratificante poder ficar o tempo todo próxima e ver a evolução diária dele”, comemora Aline.

Resultados

As ações de ampliação da Rede Materno Infantil no Maranhão possibilitaram a queda na taxa de mortalidade infantil. De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), os investimentos de ampliação da Rede Materno Infantil do Maranhão possibilitaram a queda de 8,02% na taxa de mortalidade infantil entre os anos de 2014 e 2019.

Práticas Integrativas

Além dos novos leitos de internação e alojamento conjunto para puérperas, agora as gestantes também têm um espaço para relaxamento, com a disponibilização do Setor de Práticas Integrativas. Nesse local, enquanto aguardam os resultados dos exames realizados no setor de emergência, as gestantes podem aproveitar serviços como, arte gestacional, SPA dos pés, orientações sobre aleitamento materno e sobre os sinais do trabalho de parto.

“Estou muito ansiosa, já tenho uma menina e agora terei um príncipe. E este espaço fez eu me acalmar, me sentir bem”, diz Luara Silva Costa, 25 anos. Grávida de 34 semanas do João Guilherme, a paciente chegou na unidade para a emergência da maternidade, por conta de dores no estômago e na cabeça e enquanto aguardava o resultado dos exames, aproveitava para fazer o SPA dos pés e a pintura gestacional. “Nosso trabalho aqui é para que a espera delas não se torne estressante”, destaca a enfermeira obstetra e supervisora do Setor de Práticas Integrativas, Meirilene Silva Vale.

Outra iniciativa da unidade é o Projeto Bebê na Telinha. Diariamente, psicólogas da unidade visitam pacientes com o propósito de identificar mães impossibilitadas de visitar seus bebês na UTI. Para diminuir a ansiedade e a angústia pelo distanciamento físico, as profissionais fazem registros em fotos e vídeos dos recém-nascidos internados e levam até os leitos das mulheres.