Adriano diz que acionará Ministério Público para garantir testes e leitos

Em entrevista concedida à Rádio Mirante AM, o deputado estadual Adriano Sarney (PV) informou que acionará o Ministerio Público “para que o Governo do Maranhão disponibilize os testes rápidos para Covid-19, recebidos pelo Governo Federal, à população”.

Segundo Adriano, após consulta ao “Mapa dos insumos estratégicos”, do Ministério da Saúde, foram enviados ao Maranhão 51,6 mil dos testes chamados PCR, e 146,3 mil testes rápidos, ou seja, são 197 mil testes disponibilizados.

A representação proposta pelo parlamentar pretende alterar a Diretriz de Atendimento a Pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Infecciosa, requerendo :

A) modificação nos critérios para coleta de pesquisa de Covid-19, determinando a  coleta para casos suspeitos, ou seja, quando o paciente apresenta febre + pelo menos um dos sintomas descritos na própria diretriz;

B) alteração nos critérios de internação, determinando a internação de pacientes que se enquadrarem como casos suspeitos e que estejam em problema social (falta de cômodo disponível para isolamento domiciliar);

C) Determinar a internação de casos suspeitos em um dos mais de 40 mil leitos de hotéis disponíveis no Estado do Maranhão, caso esses pacientes não encontrem leitos desocupados na rede pública de Saúde.

Para Adriano, o avanço da pandemia da Covid-19 no Maranhão, em especial na Grande São Luís, justifica a adoção de medidas urgentes para aumento da oferta de leitos clínicos e leitos de UTI para pacientes com a doença em hotéis, assim como, segundo ele, o Governo do Estado tem a responsabilidade de garantir a testagem da população, “pois inúmeros pacientes sequer receberam testes, outros tantos em quantidade ínfima, o que permite apenas a testagem em casos extremos”.

“Temos uma rede de saúde disponível e os testes precisam ser realizados nessas unidades, pois não há testagem para as pessoas que estão apresentando sintomas. Isso mostra a incapacidade e irresponsabilidade do Governo do Estado, que negligenciou o que iríamos viver. Mais uma vez, apelo para que o governo não mande as pessoas que procuram as UPAs com sintomas graves de volta para casa. Que alugue os hotéis e faça um acompanhamento dessas pessoas¨, disse.