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Governo segue investindo em programas que beneficiam as mães maranhenses

O Governo do Maranhão segue investindo nos programas que beneficiam as mães maranhenses, entre eles, a Casa de Apoio Ninar, que desde 2017 atende crianças com problemas de neurodesenvolvimento, na faixa etária de 2 a 12 anos de idade. A dona de casa Maria Andrea Pinheiro, 31 anos, é uma das mães beneficiadas pelo trabalho desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) na Casa de Apoio.

Maria é mãe do Rafael Lourenzo, de apenas 4 anos, que ao nascer foi diagnosticado como tetraplégico. Moradora da cidade de São Bento, na Baixada Maranhense, ela diz que, no Ninar, aprendeu a ver a vida e a deficiência do Rafael de outra forma.  

“Há aproximadamente 3 anos e oito meses, quase a idade dele, descobrimos a Casa de Apoio Ninar e, nesse período, a evolução dele tem sido esplêndida. A Casa de Apoio tem me ensinado a ver a vida de uma outra forma, a enxergar o diagnóstico do meu filho de forma diferente e, acima de tudo, o Rafael em si. Pois antes do Rafael eu já era mãe, tenho um filho de 9 anos, o Felipe, e é uma maternidade diferente quando você tem uma criança típica e uma criança atípica, só quem vive sabe. A mãe do Rafael Lourenzo é totalmente diferente da mãe do Felipe”, afirma Andrea Pinheiro.

Maria conta que Rafael tem uma rotina intensa de fisioterapia e viaja toda semana para fazer o acompanhamento na Casa de Apoio. “A Casa Ninar me auxilia desde o desenvolvimento voltado para o Rafael, quanto no desenvolvimento da minha família, eles me auxiliam em tudo, óculos, fraldas, órteses ortopédicas, cestas básicas e o principal, que são os melhores especialistas para o tratamento do meu filho. O trabalho desenvolvido aqui é reconhecido no mundo inteiro. O fato de eu morar no interior não faz diferença, a distância é um pequeno detalhe, é como se eu morasse aqui do lado”, comenta.  

Ao ser questionada sobre o maior desafio em ser mãe, Maria Andrea afirma que o maior desafio de ser mãe e principalmente uma mãe atípica, é saber dar limites. “Pois quando se tem um filho com alguma deficiência, você tem um amor que não enxerga limites e esse amor às vezes pode ser prejudicial ao tratamento da criança. E eu estou aprendendo que com o desenvolvimento dele eu preciso dar limites, não enxergar ele apenas como deficiente, mas como uma criança que tem uma deficiência, que está se desenvolvendo e precisa aprender que o mundo lá fora pode ser cruel. Vão ter coisas boas sim, mas infelizmente também haverá coisas ruins”, explica a dona de casa.  

Emocionada e abraçada ao filho, a mãe destaca o amor. “O amor não tem limites, a mãe atípica não conhece a palavra ‘limite’, para nós não existe essa palavra. A única coisa que existe são etapas a serem vencidas e não há obstáculo que uma mãe atípica não consiga vencer”, contou.