Defensoria promove ciclo de palestras em unidade de ressocialização de adolescentes em São Luís
Fruto de uma ação solidária entre a Defensoria Pública e a Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), cerca de 40 adolescentes em conflito com a lei, do Centro de Juventude Canaã, participaram de ciclo de palestras, ministradas pelo defensor público Audísio Nogueira Cavalcante Junior.
O tema abordado, durante os três dias de diálogo, foi “A Defesa do Adolescentes na Representação por Ato Infracional”. “Estivemos no local para contribuir com uma missão fundamental da instituição, que seria a defesa de adolescentes em conflito com a lei. Não só como medida de solidariedade no fim do ano, mas também para preparar os adolescentes para realizarem suas defesas nas representações por atos infracionais”, afirmou Audísio Cavalcante.
Após as palestras, o defensor realizou o atendimento individual dos adolescentes para especificar o tema dissertado com a realidade de cada um dos menores. “Realmente, o Estatuto da Criança e do Adolescente trata de uma abordagem geral sobre o que acontecerá com todo adolescente que seja representado pela prática de um ato infracional. A partir daí, existe um mundo de possibilidades a ser enfrentado, seja pelo tipo de ato praticado, seja pela realidade de cada adolescente acusado”, destacou o defensor.
Os encontros foram idealizados e executados em parceria com dirigentes do órgão, como a diretora-técnica da Funac, Lucia Diniz, e o diretor do Canaã, Marcio Roberto Silva, que garantiram todos os cuidados sanitários, dentre eles o distanciamento entre os participantes, álcool em gel, além de todos os jovens e responsáveis utilizando máscaras.
O Centro de Juventude Canaã é uma unidade de internação provisória da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), que atende adolescentes da faixa etária de 12 a 18 anos. Eles podem ficar no local pelo prazo máximo de 45 dias, aguardando a tramitação do processo.
Solidariedade – Além dessas atividades, houve um momento de solidariedade com os adolescentes privados de liberdade. “No intuito de ajudar esses meninos que passam o natal e o ano novo sem qualquer contato com sua família, pois a grande maioria são do interior do Estado, compramos uma caixa de chocolate para cada um deles como uma forma de demonstrar compaixão e vontade de ajudar no processo de ressocialização desses meninos. Uns em situação mais delicada que outros, mas todos precisam confiar no trabalho da Defensoria Pública e da Funac para sua harmonização social”, concluiu.