“Foi importante pras crianças — e pros adultos também”, diz professora sobre o projeto Nos Trilhos do Teatro
Encerrando sua circulação por quatro cidades, o projeto deixou marcas profundas de arte, afeto e aprendizado nas comunidades por onde passou
Quatro cidades, cerca de quatro mil de pessoas que assistiram a peça O Coelhinho Pitomba e incontáveis histórias de encantamento. Entre elas a da professora Sonimar de Sousa Silva, que acompanhou a apresentação no município maranhense de São Pedro da Água Branca, e para quem a experiência foi marcante. “Tivemos a alegria de prestigiar o teatro com a peça O Coelhinho Pitomba. Foi bem importante pras crianças — e pros adultos também”, avaliou a professora.
Assim se encerrou a circulação do projeto Nos Trilhos do Teatro que, de agosto a outubro, percorreu São Pedro da Água Branca e Açailândia (MA) e Canaã dos Carajás e Parauapebas (PA), levando espetáculos, oficinas e ações ambientais a comunidades da Amazônia Legal. Com uma programação inteiramente gratuita, o projeto combinou formação, arte e consciência ambiental, reafirmando o papel do teatro como instrumento de encontro, diálogo e transformação social.
Sobre o projeto – Realizado pelo Instituto Cultural Terra Fértil e pelo Ministério da Cultura, com patrocínio master do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, o projeto une formação artística, sustentabilidade e acesso democrático à arte.
A iniciativa propõe uma travessia sensível por temas urgentes — como o cuidado com o planeta, o valor da água e o papel da arte na construção de comunidades mais solidárias e conscientes.
O Coelhinho Pitomba e a arte em paço público –O espetáculo de Milton Luiz foi apresentado em espaços públicos nas quatro cidades no intuito de democratizar a arte. A narrativa, que fala sobre amizade, natureza e a importância da água, conquistou crianças e adultos em noites de encantamento e reflexão. “Quando o teatro ocupa o espaço público, ele se torna mais do que espetáculo — vira diálogo, vira transformação. Nosso objetivo é que cada criança, cada família, se veja parte dessa história e perceba que a arte é um direito de todos.”, disse Tonico Ferreira, diretor da Companhia de Teatro Maria Clara Machado e coordenador do projeto.
Arte que forma e transforma – Foram 47 pessoas que participaram das oficinas de teatro “Vida e Expressão” em 80 horas de aulas ministradas pelo ator e diretor Tonico Ferreira, que há mais de 35 anos se dedica ao teatro na região Norte. Os encontros ofereceram vivências de improvisação, expressão corporal e criação coletiva, fortalecendo o protagonismo local.
Entre as participantes, a influenciadora Yara Hellen, de Canaã dos Carajás, no Sudeste do Pará, resume o impacto da experiência: “Eu, como aluna, agradeço às pessoas envolvidas. Foi muito importante cada detalhe, coisa que eu nem sabia que existia. Essa experiência eu vou levar pra minha vida inteira.”
O projeto também realizou o Dia Verde, ação de plantio de mudas nativas nas quatro cidades percorridas pelo projeto, em parceria com escolas e prefeituras municipais. Foram plantadas 48 mudas nativas por estudantes e educadores, que participaram ativamente do plantio e transformaram a ação em um momento de aprendizado coletivo.
Outro destaque é para o fortalecimento da economia criativa e o desenvolvimento local proporcionado pela circulação. Ao todo, 32 fornecedores regionais foram contratados — entre hotéis, restaurantes, gráficas, prestadores de serviço de som, luz, palco, banheiros químicos e transporte — garantindo que parte significativa dos recursos investidos permanecessem no território. Além disso, a iniciativa gerou 56 empregos temporários diretos, envolvendo técnicos, produtores, artistas e profissionais locais em diferentes etapas de execução
Acessibilidade e inclusão – Com o compromisso de tornar a arte acessível a todos, o projeto contou com a participação de pessoas surdas nas oficinas “Vida e Expressão” e com intérprete de Libras durante as apresentações do espetáculo “O Coelhinho Pitomba”. A iniciativa reforça a importância da acessibilidade como princípio da democratização cultural, promovendo espaços de convivência e aprendizado.
Sobre a Vale
A Vale acredita que a cultura transforma vidas. Pelo quinto ano consecutivo é a maior apoiadora privada da Cultura no Brasil, patrocinando e fomentando projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo em que atua para o fortalecimento da economia criativa.
Para fortalecer sua atuação na Cultura, em 2020 foi criado o Instituto Cultural Vale, que já esteve ao lado de mais de mil projetos em todo o país, com investimento de mais de R$ 1 bilhão em recursos próprios da Vale e via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Conheça mais sobre a Vale em vale.com
