Ovo faz bem, mas exagero faz mal: nutricionista explica a forma ideal de consumo
Consumir ovos diariamente é um hábito comum entre os brasileiros, tanto por conta da facilidade de compra quanto pela praticidade do preparo. Mas a quantidade ideal de consumo desse alimento entrou em debate depois que, nos primeiros dias da 25ª edição do Big Brother Brasil (BBB), a participante Gracyanne Barbosa revelou consumir, em média, 40 ovos por dia. Só no primeiro dia do reality show, por exemplo, a influenciadora fitness ingeriu nove ovos.
Afinal, existe um limite para o consumo desse alimento? A nutricionista do Grupo Mateus, Edleude Sousa Barros, explica que o ovo é rico em proteínas de alto valor biológico, além de conter minerais como ferro, fósforo, selênio e zinco, vitaminas do complexo B, A, E e K, além de carotenoides e colina. Seu consumo contribui para o controle do peso, pois prolonga a sensação de saciedade, auxilia no ganho de massa muscular devido ao alto teor proteico e favorece a saúde cerebral e hepática por ser fonte de colina. No entanto, apesar dos inúmeros benefícios, o consumo excessivo deve ser evitado.
A especialista alerta, porém, que a ingestão exagerada pode representar riscos à saúde. “O excesso pode sobrecarregar órgãos como fígado e rins, além de causar desconfortos gastrointestinais”, destaca Edleude.
Qual a quantidade ideal?
A recomendação diária de proteína varia conforme peso, idade, sexo e nível de atividade física. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ingestão adequada é de 0,8 a 1g de proteína, podendo variar conforme as necessidades individuais, preferências alimentares, estilo de vida e presença de patologias. Embora não exista um limite rígido para o consumo de ovos, a ingestão de duas a quatro unidades por dia é considerada segura e benéfica para pessoas saudáveis.
Para aproveitar ao máximo os nutrientes do ovo, Edleude sugere métodos de preparo mais saudáveis. “O ideal é consumir ovos cozidos, poché, assados no forno ou combinados com vegetais. Dessa forma, é possível obter os benefícios nutricionais sem excessos”, conclui a nutricionista.