O Governo do Estado iniciou o processo de restauração da estátua de Iemanjá, que foi destruída no último mês em um ato de vandalismo, na praia do Olho d’Água, em São Luís. A estátua foi removida do local pela Secretaria de Estado de Governo (Segov) e encaminhada para ser recuperada pelo artista plástico Eduardo Sereno, o mesmo que criou o monumento.

“Estamos no processo de restauração e recuperação. Nesse primeiro momento, vamos reparar as partes faltantes e que foram danificadas e no segundo momento vamos restaurá-la, agregando ao monumento a pintura original e a pigmentação que obra precisa”, explica Sereno, acrescentando que estátua é feita de poliuretano expansor e pedra de zirconita, com bastão de inox.

De acordo com a artista, o monumento levou dois anos para ficar pronto, e após o término do último prolongamento da Avenida Litorânea, a estátua de Iemanjá foi posta no fim da avenida, após negociação entre o Governo do Estado e as lideranças das religiões de matriz africana, já que a praia do Olho d’Água é um local comumente utilizado para os ritos e cultos dos povos de terreiro.

Eduardo Sereno destacou que a ação dos vândalos comprometeu o rosto da escultura e, além disso, afetou a estrutura do eixo. Pelo diagnóstico preliminar do escultor, os vândalos provavelmente forçaram a estátua com contrapeso para que quebrasse no meio. “A peça está fora de eixo, muito provavelmente alguém deve ter se pendurado na estátua e o peso de sacudi-la comprometeu o eixo de sustentação que agora precisa ser corrigido, além das fraturas no rosto da escultura”, relatou.

A estrutura é fixada em um gabarito e uma longarina e com parafusos de inox, fora os adereços que também são feitos de zircônio e serão anexados ao monumento por meio de solda para garantir ainda mais a durabilidade do equipamento.

O secretário da Segov, Márcio Machado, ressaltou que é determinação do governador Carlos Brandão que o processo de restauração da estátua seja concluído o mais breve possível. “Seguimos a orientação do governador trabalhando em articulação com outros órgãos, como a Sedihpop [Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular], e em diálogo constante com a comunidade para não somente agilizar a recuperação, mas pensar medidas de segurança quanto à instalação da estátua no local”, concluiu.