Yglésio questiona motivação de greve dos professores e faz críticas a ministro
O deputado Dr. Yglésio (PSB) ocupou a tribuna, na sessão desta quinta-feira (23), para questionar a motivação da greve dos professores e afirmou que a paralisação dos profissionais da categoria já passou dos limites em termos de negociação.
Ele pediu que a greve seja encerrada para evitar mais prejuízos aos estudantes da rede estadual de ensino. Para Yglésio, a postura do Sindicato dos Professores (Sinproessema) já está se configurando como “mais um caso de politicagem”.
“É politicagem. E eu peço até pelo amor de Deus aos professores que voltem aos seus postos de trabalho. Os jovens do ensino médio precisam retornar às salas de aula, pois os impactos educacionais são muito grandes”, ressaltou, depois de apontar contradições nas reivindicações do sindicato em comparação às campanhas salariais anteriores.
Críticas
Em seguida, Yglésio criticou o ex-governador Flávio Dino, atual ministro da Justiça e Segurança Pública. O deputado frisou que o ministro, diante dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro deste ano, agiu com rapidez na decretação da intervenção federal no Distrito Federal e que, agora, “tem outra postura em relação aos ataques de facções criminosas no Rio Grande do Norte”.
“Já são mais de 300 ataques das facções no estado em 49 cidades diferentes. E lá não há intervenção. Vão falar em investimentos em segurança, envio de 100 policiais da Força Nacional para ajudar, mas não se fala em decretar intervenção federal no Rio Grande do Norte”, assinalou.
Yglésio voltou a criticar a visita do ministro Flávio Dino ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, na semana passada. Ele também criticou a decisão de Dino de ingressar no Supremo Tribunal Federal com notícia-crime contra seis parlamentares de oposição por causa de postagens nas redes sociais associando o ministro ao crime organizado.
“Peço ao ministro que aplique, também, o artigo 53 da Constituição. Que rasgue este artigo e me processe por falar na tribuna. Porque eles estão achando que deputado agora tem que ter medo de subir na tribuna e dizer o que tem que ser dito”, frisou.
Yglésio finalisou dizendo: “Lamentavelmente, nós temos um pirotécnico no Ministério da Justiça e não um verdadeiro gestor da defesa da democracia, da legalidade, do patrimônio público e das instituições. Pois me processe, Flávio Dino. Estou esperando”.