Na sessão plenária desta quinta-feira (10), no Tempo dos Blocos e no Grande Expediente, o deputado Wellington do Curso (PSDB) denunciou supostas irregularidades nos salários de dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipal do Maranhão (SINPROESSEMA), pagos pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Ele isse, ainda, que proporá abertura de CPI para apurar o caso.

Segundo o parlamentar, logo após a denúncia feita por ele na tribuna, na quarta-feira (9), “os dados disponibilizados no Portal da Transparência foram alterados”. “É preciso que se investigue quem alterou, pois, agora, os valores divergem dos apresentados inicialmente”, frisou.

Wellington destacou que pedirá explicações, pois está exercendo seu direito parlamentar de fiscalizar. “Não ataco a honra de ninguém. Apenas exerço meu dever constitucional. Se os dados foram fraudados, que se investigue e puna os responsáveis”, enfatizou.

Apartes

O pronunciamento de Wellington do Curso foi aparteado pelos deputados Rafael (PDT), Zé Inácio Lula (PT), Helena Duailibe (Solidariedade), Adelmo Soares (PSB) e Socorro Waquim (MDB).

Rafael apresentou os contracheques de uma professora concursada do Estado, cujo valor do salário foi denunciado por Wellington. Ele disse que o valor recebido faz jus às 40 horas de trabalho cumpridas pela educadora. O parlamentar afirmou que o salário de R$ 14 mil, citado na denúncia, não procede. “Excelência, você está sendo vítima de ‘fake news’. Os dados acessados foram fraudados”, acentuou.

Zé Inácio argumentou que Wellington foi induzido a erro. “A professora, conforme comprovam os contracheques que temos em mãos, não recebe o salário atribuído na denúncia. É preciso retratação de sua parte”, advertiu.

Helena Duailibe sugeriu que Wellington refletisse sobre as consequências de suas denúncias. “É preciso prudência ao tratar de afirmações desse tipo, pois atingem a honra e a dignidade de muita gente, inclusive de familiares”, disse.

Adelmo Soares endossou o pronunciamento de Helena e comunicou que, na próxima terça-feira (15), apresentará os contracheques de todos os envolvidos na denúncia para que os fatos sejam esclarecidos. “Vamos colocar um ponto final nessa questão”, concluiu.

Por sua vez, Socorro Waquim fez ponderações sobre as prerrogativas dos parlamentares. “É necessário serenidade e prudência quando se trata de denúncias que atingem a honra e a dignidades das pessoas. Fui vítima disso quando prefeita de Timon. É algo que você carrega para o resto da vida”, finalizou.