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Saúde

Variante P1: como os testes diagnósticos são essenciais no controle do avanço da Covid-19

O Brasil marcou na última semana a maior média móvel de óbitos, chegando a 1.455, desde o início da pandemia. Com a nova variante P1 e o lento ritmo de vacinação por todas as cidades, o país parece estar cada vez mais distante de controlar o espalhamento do vírus. 

Para o especialista Prof. Dr Euclides Matheucci, co-fundador e Diretor Científico do laboratório DNA Consult, os próximos dias ainda serão muito difíceis e muitas vidas serão perdidas. “Estamos presenciando o colapso no sistema de saúde do país e ainda teremos problemas muitos sérios daqui pela frente em relação ao controle da doença. Infelizmente, o vírus se espalha e, sem a vacina, não podemos estabelecer uma barreira para a disseminação. Ainda vamos perder muitas vidas por falta de conscientização, por falta de um preparo adequado e por falta de organização do poder público para a vacinação da população”, afirma Matheucci.

O professor ainda lembra a necessidade de se continuar respeitando as regras sanitárias e o isolamento social e alerta que neste momento podemos contar apenas com os testes em massa da população, utilizando o diagnóstico recomendado pelas organizações sanitárias.

“É importante reforçar os cuidados que já conhecemos como o uso adequado de máscaras, higienizar as mãos com frequência e, principalmente, evitar aglomerações. Pessoalmente tenho dúvidas quanto à forma das regras restritivas impostas pelo governo de São Paulo, porém, acredito ser necessário aplicar punições sérias a quem fomentar ou participar de aglomerações. Outro ponto essencial que precisamos e podemos  controlar, é em relação à testagem em massa das pessoas com a utilização do método PCR em tempo real, considerado padrão ouro pela Anvisa e OMS. Cerca de 40% dos portadores da Covid-19 são assintomáticos e podem transmitir o vírus”, alerta o especialista. “Esta testagem deve ser realizada em todos que têm contatos no trabalho, com amigos, em família. A única maneira de evitar o contágio do próximo é se isolar por 14 dias se estiver contaminado.”

Em relação a nova variante P1, o especialista relata que a população não têm dado a atenção devida com o maior risco de contágio e agravamento da infecção pelo vírus da nova cepa de Manaus. “A variante P1, de Manaus, acende mais uma preocupação sobre a contaminação e o agravamento da CoviD-19. Estamos vendo a ocupação dos leitos em todos os estados acima da média e o colapso do sistema de saúde brasileiro. Além disso, estudos apontam que a nova variante P1 é mais contagiosa, atingindo maior número de pacientes jovens e também aqueles que já tiveram a doença. A variante P1 já é predominante em vários estados brasileiros e já circula em 19 países. Somente a vacinação em massa resolverá esta profunda crise”, finaliza.