De uma rotina apertada às medalhas ao cruzar a linha de chegada sem dor: “Precisava de algo para acalmar a mente. Em fevereiro desse ano, comecei a correr na esteira da academia e gostei bastante. E, a pedido de uma amiga, que estava com saudade, fiz inscrição em uma corrida de rua específica só para nos vermos. Daí, nunca mais parei”, conta Natalie Oliveira, 28, que, apaixonada pela corrida, também aprendeu a ter muito cuidado para evitar lesões e só sobrar amor pelo esporte. 

Com o aquecimento feito, tendo uma alimentação saudável e escolhendo as roupas e acessórios próprios para as corridas, a advogada conta que se preparar com antecedência é indispensável. Mas revela que, antes, chegou a se machucar por usar um tênis inadequado. “Amortecimento faz muita diferença. Desenvolvi um desvio no hálux (osso do pé), mas busquei ajuda profissional de um fisioterapeuta. Uso às vezes uma meia específica para correr, órteses e o meu tênis não pode estar muito apertado”, afirma Natalie. 

Seja você iniciante ou veterano, as chances de lesões são reais em várias partes do corpo de um esportista se não houver uma rotina de cuidados, como explica a professora do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Estácio, Rosa Garbino. “Joelhos, colunas e ombros também são regiões mais fáceis de serem sobrecarregadas. Por isso, podem ocorrer tendinites patelares; tendinites do tríceps sural; inflamações articulares; estiramentos musculares e dores na lombar, por exemplo”, enumera. 

Fugir da sobrecarga já é regra na rotina de Natalie. “Nada de treinar pernas no mesmo dia da corrida e, se o treino do dia anterior for de inferiores, acabo pegando um pouco mais leve para não sobrecarregar correndo. Já desço do meu apartamento pelas escadas. Assim, o corpo já vai se acostumando com a movimentação. Quando chego no local da corrida, faço alongamentos, um aquecimento específico para pernas e panturrilhas e aí sim, começo”, detalha. 

Aquecer está, sem dúvidas, na lista de recomendações que Rosa defende. A fisioterapeuta selecionou orientações básicas e essenciais para evitar ou diminuir os riscos das temidas lesões. “Só faça exercícios com acompanhamento profissional e avalie com fisioterapeuta e médico. Além disso, não deixe de fazer um bom aquecimento antes de se exercitar e tome cuidado com a postura durante a atividade. Diga ‘não’ ao excesso de cargas e, chegando ao fim dos exercícios, também alongue o corpo”, finaliza Rosa.