Vacinação – um ato de amor e responsabilidade

O Ministério da Saúde divulgou no final do mês de junho a liberação para que os Estados e municípios ampliassem a campanha de vacinação contra a gripe para toda a população a partir dos 6 meses de vida, ou enquanto durarem os estoques da vacina contra a influenza. De acordo com o órgão, o objetivo da medida é evitar complicações decorrentes da doença.

A campanha nacional de imunização contra a influenza já acontece desde o dia 4 de abril. O Ministério da Saúde distribuiu 80 milhões de doses adquiridas para imunizar a população brasileira.

Na capital São Luís, a vacinação contra a gripe foi ampliada para o público geral de forma escalonada, por faixa etária. Para evitar aglomerações nos postos de saúde e contágio pela covid-19, a vacinação de crianças a partir dos 6 meses de idade, pessoas a partir de 60 anos e grupos prioritários continuam podendo se imunizar. E o primeiro grupo a ser vacinado, fora desse público-alvo, é o de crianças de 5 a 12 anos de idade. Além disso, serve um alerta também para a população com 30 anos ou mais poderá tomar a 4ª dose da vacina contra a covid-19 (o público infantil de 5 a 11 anos também precisa tomar a 1ª e a 2ª dose da vacina. Desse público, apenas 51% já se imunizou com a 1ª dose e 33% com a 2ª, números muito abaixo do esperado).

A imunização contra a gripe é importante para evitar casos graves da doença. A vacina aplicada na campanha deste ano é a Influenza trivalente, produzida pelo Instituto Butantan e eficaz contra as cepas H1N1, H3N2 e tipo B.

“As vacinas são fundamentais para prevenir doenças graves e reduzir risco de internar e morrer. Ao tomar uma vacina, se induz uma proteção antes de ter contato com os microrganismos. No caso da vacina contra gripe, as crianças são as mais afetadas e as que mais desenvolvem quadros graves, podendo evoluir até à morte. A gripe ocorre principalmente no período chuvoso por conta das aglomerações e no retorno às escolas ou creches”, pontuou a médica infectologista do Sistema Hapvida, Mônica Gama.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em 2021 foram registrados 175 casos de síndrome respiratória aguda grave, em decorrência do vírus influenza, e 10 pessoas morreram. 

Desde o último sábado (2), os municípios do Maranhão estão autorizados a ampliar a campanha de vacinação contra a influenza para toda a população, a partir dos 6 meses de vida, ou enquanto durar o estoque da vacina. O esquema de imunização fica a critério de cada município.

“Não deixem de levar suas crianças para vacinar pois apenas com as coberturas vacinais elevadas conseguiremos manter as doenças imunopreveníveis – aquelas que podem ser evitadas com vacinas – sob controle – meningite, pneumonia, diarreia, gripe, dentre tantas outras”, alertou a infectologista.

Caso tenha perdido o período de vacinação, é aconselhável procurar uma unidade de saúde e atualizar a carteirinha. “É necessário que busque a unidade de saúde o mais breve possível para garantir a atualização do calendário vacinal para que a criança mantenha-se saudável – leve a caderneta, pois na unidade os profissionais de saúde saberão como garantir a atualização das vacinas”, finalizou Mônica Gama.