O Maranhense|Noticias de São Luís e do Maranhão

"
Giro de Noticias

União Estável: Fique por dentro da sua importância, seus diferenciais e como requisitá-la

Você sabia que morar junto com alguém pode ter efeitos parecidos com o casamento, mesmo sem festa, igreja ou papel assinado? Muitas pessoas vivem uma vida a dois, mas não sabem que essa convivência pode ter valor legal — e que isso pode trazer direitos e deveres importantes.

Essa relação é chamada de união estável, e entender como ela funciona pode evitar dores de cabeça no futuro, especialmente quando o assunto envolve bens, filhos ou até herança.

Se você vive com alguém, pretende morar junto ou quer apenas entender melhor esse assunto, continue lendo. Tem muita coisa que pode te surpreender!

O que é união estável?

União estável é quando duas pessoas vivem juntas como se fossem casadas, mesmo sem ter feito um casamento formal. A lei reconhece essa relação quando existe uma vida em comum com compromisso, convivência duradoura e intenção de formar família.

Isso vale para casais heterossexuais e também para casais homoafetivos.

União estável é igual casamento?

Não é igual, mas é parecida em muitos pontos. A principal diferença é que o casamento é um ato formal, com cerimônia e registro imediato em cartório. Já a união estável pode existir mesmo sem nenhum papel assinado — desde que fique claro que o casal vive como se fosse casado, tem até mesmo como fazer união estável online.

Mas atenção: mesmo que informal, essa relação tem efeitos legais, principalmente no que diz respeito a:

 Divisão de bens;

 Direito à pensão;

 Herança;

 Guarda de filhos;

 Inclusão em plano de saúde.

Por que é importante reconhecer a união estável?

Muita gente vive em união estável sem nem saber. E aí está o problema: sem reconhecimento legal, você pode perder direitos em caso de separação, falecimento ou disputa por bens.

Veja alguns motivos para regularizar:

1. Segurança jurídica

Com um documento reconhecendo a união, tudo fica mais claro e seguro para o casal — especialmente se houver bens ou filhos envolvidos.

2. Facilidade em processos

Para entrar em plano de saúde, herdar bens ou receber pensão, a comprovação da união estável pode ser exigida. Se estiver tudo documentado, isso evita burocracias e discussões.

3. Planejamento de vida

Casais que desejam planejar seu futuro juntos — como compra de imóvel, filhos ou aposentadoria — podem se beneficiar ao ter regras claras sobre direitos e deveres.

Como comprovar a união estável?

Você pode provar a união estável de duas maneiras:

Informalmente (por meios de prova)

Sem papel assinado, mas com provas da vida em comum, como:

 Contas no nome dos dois;

 Fotos, mensagens ou redes sociais;

 Testemunhas;

 Filhos em comum;

 Declaração no imposto de renda.

Formalmente (com documento)

Você pode ir a um cartório e registrar a união estável com um contrato. Esse documento pode definir:

 Como será a divisão de bens;

 Se há comunhão total ou parcial;

 Outras regras importantes para o casal.

Esse reconhecimento facilita tudo em momentos delicados e é rápido de fazer.

Quais os tipos de regimes de bens?

Assim como no casamento, a união estável pode seguir diferentes formas de dividir os bens. Os principais são:

Comunhão parcial de bens

Tudo o que o casal conquistar durante a união é dividido meio a meio. É o padrão, caso o casal não escolha outro tipo.

Comunhão total de bens

Tudo, inclusive o que cada um já tinha antes da união, é dividido igualmente.

Separação total de bens

Cada um mantém o que é seu, mesmo durante a união.

O ideal é conversar e definir isso em contrato no cartório, com ajuda de um advogado, se necessário.

Como fazer o reconhecimento em cartório?

Veja o passo a passo simples:

1. Ir ao cartório de notas mais próximo com os documentos pessoais (RG e CPF);

2. Levar um comprovante de residência de cada um;

3. Decidir o regime de bens e, se quiser, incluir outras regras no contrato;

4. Assinar o documento juntos no cartório.

Pronto! O reconhecimento pode ser usado em outras situações, como banco, plano de saúde, INSS e processos judiciais.

Posso converter união estável em casamento?

Sim! Se o casal quiser transformar a união estável em casamento, o processo é rápido. Basta ir ao cartório e fazer o pedido. É possível manter a mesma data da união como referência para o casamento.

O que acontece se a união acabar?

Assim como no casamento, a união estável pode acabar a qualquer momento. E, dependendo do regime de bens e se há filhos, será necessário resolver questões como:

 Divisão de bens adquiridos;

 Guarda dos filhos;

 Pensão alimentícia (se for o caso).

Ter o contrato da união facilita muito esse processo, evitando brigas e confusões.

União estável também vale para pensão por morte e herança?

Sim. A pessoa que vive em união estável tem direito a receber pensão por morte do parceiro (caso ele contribua para o INSS) e pode ser considerada herdeira legal, desde que consiga comprovar a união.

Por isso, mais uma vez, o reconhecimento formal ajuda bastante — especialmente em momentos difíceis, como a perda de alguém.

Conclusão

A união estável pode ser tão importante quanto um casamento, mesmo que pareça mais simples. Ela garante direitos, protege o casal e evita problemas no futuro. E o melhor: é fácil de reconhecer e registrar.

Se você vive com alguém e ainda não pensou nisso, que tal conversar e ver se é hora de dar esse passo?

Formalizar a união estável não muda o amor, mas pode mudar o jeito como a lei vê o seu relacionamento.

Se após ler o artigo do nosso portal, ainda tiver dúvidas sobre o processo ou quiser ajuda para fazer o contrato da união, um advogado pode orientar você de forma clara e segura. Vale a pena se informar!