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Saúde

Trombose é a terceira maior causa de morte cardiovascular no Brasil

Considerada uma doença silenciosa, a trombose é a terceira maior causa de morte cardiovascular no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. O Dia Mundial da Trombose, celebrado em outubro, tem como objetivo prevenir, conscientizar e elucidar dúvidas relacionadas ao tema.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH), a cada ano, quase 300 mil brasileiros são acometidos por algum fenômeno trombótico. O quadro de trombose pode começar com sintomas como inchaço, dor súbita e desconforto na região afetada. A situação fica grave se o coágulo sanguíneo, conhecido como trombo, se desprender e migrar para os vasos do pulmão, bloqueando o fluxo do sangue e causando uma embolia pulmonar, uma condição com alto risco de morte. 

 Fábio Sotelo, cirurgião vascular da Hapvida NotreDame Intermédica, enumera algumas medidas de prevenção que podem evitar problemas associados, como o não tabagismo, o consumo moderado de bebidas alcoólicas, a prática de atividade física regular, a hidratação constante e a manutenção do índice de massa corporal (IMC) adequado. “É muito importante ficar atento aos fatores de risco, como a predisposição genética, o colesterol elevado, o uso de anticoncepcionais e o sedentarismo”, explica.

O especialista reforça a existência da Trombose Venosa Profunda (TVP) ou pós-cirúrgica ocorre quando se formam coágulos nas veias profundas do corpo, geralmente nas pernas, após procedimentos cirúrgicos ortopédicos, oncológicos e ginecológicos. Nessas situações, o repouso do paciente exige imobilidade e a circulação fica prejudicada, o que também pode causar a formação de trombos. 

Sotelo lembra que a doença acomete mais as mulheres, porém os homens também podem ter trombose. “No público feminino, quando avaliada a faixa etária entre 20 a 40 anos, a incidência de trombose é um pouco maior em razão dos fatores de risco, como anticoncepcionais e gestações. O estilo de vida faz toda a diferença para a prevenção de complicações evitáveis”, destaca o cirurgião vascular.  Por isso, ele recomenda atenção aos sintomas, e, principalmente, procurar manter hábitos saudáveis, consultar um médico e fazer exames regularmente. —