Soja bate recorde em junho no Porto do Itaqui
Mais de 2 milhões de toneladas de soja foram movimentadas no Porto do Itaqui no último mês e o volume total do período chegou a 3,4 milhões de toneladas de cargas, um junho histórico para o porto público do Maranhão. O volume total de carga movimentada no primeiro semestre chegou a quase 17 milhões de toneladas, com destaque, além da soja, para os fertilizantes, milho e cobre. O crescimento é de 7% em relação ao primeiro semestre de 2022.
“Esses resultados de junho e do primeiro semestre são o reflexo de um trabalho conjunto da nossa equipe e de todos os parceiros, operadores, clientes, arrendatários e trabalhadores portuários. Também são fruto de investimentos públicos e privados em expansão de infraestrutura e inovação voltados à melhoria das operações e produtividade”, afirma o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Gilberto Lins.
A movimentação de granéis sólidos (incluindo a soja e mais farelo de soja, fertilizantes, cobre, carvão e clínquer) cresceu 9% no semestre, com 11,8 milhões de toneladas. Só em junho foram movimentadas 2,5 milhões de toneladas desses granéis. O volume de fertilizantes cresceu 12% no semestre, com 1,5 milhão de toneladas de carga e só em junho entraram pelo porto 345,6 mil toneladas de fertilizantes para abastecer toda a área de influência do Itaqui.
Com 802 mil toneladas movimentadas, as operações de combustíveis tiveram aumento de 7% em relação ao total operado em junho de 2022. E nos primeiros seis meses do ano o volume de granéis líquidos importados pelo Itaqui chegou a 4,2 milhões de toneladas. Em breve esses números serão ainda maiores em razão do início das operações ship to ship, manobra que permite a transferência de carga de um navio para outro, ocupando um único berço.
Todo o combustível descarregado no Itaqui chega por navios e uma parte vai para as distribuidoras abastecerem, por ferrovias e rodovias, os postos de gasolina dos estados do Maranhão, Piauí, Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Pará. Outra parte é transferida de um navio de grande porte para outro menor, para distribuição dessa carga a outros portos do litoral brasileiro, como Fortaleza, Belém e Itacoatiara (cabotagem). É essa transferência que será impactada pelas operações ship to ship.
O primeiro teste foi realizado na semana passada e a expectativa é de que o Porto do Itaqui comece a operar com o ship to ship até setembro, após a liberação da Agência Nacional do Petróleo (ANP).