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Sistema FIEMA participa de reunião de trabalho para a instalação de fábrica do Grupo Inpasa

O Sistema FIEMA (SESI, SENAI e IEL) participou nesta terça-feira (31) da primeira reunião de trabalho com o Grupo Inpasa para discutir o projeto de instalação da fábrica de etanol, proteína e óleo à base de milho, prevista para iniciar as atividades a partir de 2025, no município de Balsas. O encontro foi realizado na Casa da Indústria Albano Franco, sede da FIEMA, pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (SEINC), e representantes da Inpasa. 

A reunião teve o objetivo de conhecer quais são as demandas no âmbito do encadeamento produtivo e da qualificação de profissionais da fábrica da Inpasa. No período da manhã, participaram da mesa de abertura o vice-presidente executivo da FIEMA, Luiz Fernando Renner, representando o presidente Edilson Baldez das Neves; o secretário de Estado de Indústria e Comércio, Júnior Marreca, representando o Governo do Estado, e os gerentes do Grupo Inpasa, Thiago Mattos de Souza e Adriane Viana. Em seguida, foi realizada uma apresentação do projeto da Inpasa Brasil, conduzida pela Gerência Corporativa de Suprimentos e pela Gerência de Desenvolvimento Organizacional e de Atração da Inpasa.  

Também se fizeram presentes na reunião o vice-presidente executivo da FIEMA e presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Celso Gonçalo; o secretário adjunto de Indústria e Comércio, Marco Moura; o diretor regional do SENAI, Raimundo Arruda; o superintendente regional do SESI, Diogo Lima; o superintendente da FIEMA, César Miranda; o presidente da Fecomércio, Maurício Feijó; a diretora geral do IEMA, Cricielle Muniz; representantes de UFMA, empresários e representantes de sindicatos. 

Segundo o vice-presidente executivo da FIEMA, Luiz Fernando Renner, a vinda da Inpasa ao Maranhão representa um novo passo no setor alcooleiro. “É praticamente uma virada em relação à origem da matéria-prima, que antes era a cana-de-açúcar e agora vai passar a ser milho. A Inpasa é reconhecidamente uma das maiores empresas, não só do Brasil como da América Latina. Participamos de uma comitiva que fez uma visita à unidade de Dourados, foi uma excelente instalação, magnífico sinal, e ali foi o espelho do que acontecerá no Maranhão. Serão gerados, segundo a empresa, cerca de 2.500 empregos diretos na construção e cerca de 350 a 400 empregos diretos na operação. Então, será um impulso enorme para a economia do Sul do Maranhão, assim como também para a economia de todo o estado”, informou. 

De acordo com o secretário de Estado de Indústria e Comércio, Júnior Marreca, a reunião de trabalho representa um diálogo importante para a economia do Maranhão. “É fundamental, quando uma indústria chega ao estado, que o governo juntamente com as entidades do setor, como o Sistema FIEMA, estejam envolvidas em uma ação conjunta para orquestrar a instalação de toda esta nova dinâmica produtiva. Isso significa qualificar pessoas e fornecedores. Uma fábrica como a do Grupo Inpasa articula uma cadeia produtiva muito ampla, que se vincula tanto ao agronegócio (setor primário) quanto ao comércio e aos serviços (setor terciário)”, comentou Marreca. 

FORNECEDORES E CAPACITAÇÃO – No turno vespertino, foram realizadas paralelamente reuniões com fornecedores e entidades de capacitação profissional da indústria maranhense. Durante a reunião, o gerente corporativo de suprimentos do Grupo Inpasa, Thiago Mattos de Souza, apresentou um panorama da vinda da primeira unidade da empresa para o Maranhão, que deve fortalecer a agricultura do estado. “O Grupo Inpasa não pretende fortalecer somente a agricultura, mas também o setor industrial do Maranhão. Hoje, com a presença da Inpasa, nós desenvolvemos uma cadeia de suprimentos, não somente para os fornecedores regionais, mas como também geração de mão de obra. Além disso, geramos oportunidades para todo o estado do Maranhão”, adiantou. 

O projeto Inpasa Balsas (MA) tem a expectativa de realizar o processamento anual de 1 milhão de toneladas de cereais, produzindo 230 mil toneladas de DDGS (Dried Distillers Grains), 23 mil toneladas de óleo, 460 milhões de litros de etanol, 200 Gwh /ano de energia elétrica. Durante a primeira fase do projeto, será investido R$ 1,2 bilhão e, na segunda fase, cerca de R$ 2,5 bilhões. Os principais desafios do projeto serão desenvolver o cultivo de segunda safra de outras culturas (sorgo); fomentar o uso de proteína vegetal proveniente da transformação de cereais; desenvolver a cadeia de fornecimento de biomassa; estimular o consumo de etanol no estado, e desenvolver toda cadeia de suprimentos e de mão de obra. 

A Inpasa em Balsas produzirá mais de 2 mil empregos diretos dentro do estado do Maranhão e 350 empregos diretos nas áreas de engenharia, produção, administração, projetos e operação. Para tanto, os gerentes da empresa apresentaram as demandas de suprimento e mão de obra capacitada para a composição do projeto. O parque industrial deverá funcionar a partir de uma cadeia de suprimentos que movimentará em torno de 190 fornecedores diretos e 10 mil cargas. São mais 10 segmentos de negócios e mais de 76 atividades vinculadas às necessidades da fábrica. Trata-se de serviços como manutenção veicular, insumos e materiais, locação e manutenção de máquinas, transporte e logísticas, hospedagem e outros. 

Além do Sistema FIEMA, estiveram presentes representantes de diversas entidades empresariais, como Cristiano Fernandes, presidente da Associação Comercial do Maranhão (ACM); Raimundo Coelho, presidente da FAEMA; Walter Canales, reitor da UEMA; e Fecomércio, assim como da SEINC, SEDEPE, UFMA, IEMA, IFMA,  FAPEMA, entre outros.