Setembro Vermelho: três coisas que você precisa saber sobre o infarto silencioso

Além da saúde mental, o mês de setembro é dedicado também à saúde do coração. Conhecida como Setembro Vermelho, a data é dedicada à conscientização, cuidados e combate às doenças cardiovasculares. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), enfermidades do coração estão entre as principais causas de mortes no mundo.

Entre os males relacionados está o infarto silencioso, que ocorre sem a presença dos sintomas convencionais ou com a ausência completa deles. O professor da Faculdade de Medicina de Açailândia (Idomed Fameac), Pablo Germano de Oliveira, compartilha três pontos de atenção sobre a doença, seus sintomas e como evitá-los. 

  1.Fique atento aos sinais!

“Apesar de apresentar poucos sintomas ou quase nenhum, o principal sinal de que a pessoa está tendo um infarto silencioso é a dor torácica. Nos homens, essa dor pode durar minutos e irradiar para o membro superior esquerdo ou para o pescoço e mandíbula. Já nas mulheres, a dor torácica é atípica, por ser uma dor mal definida, podendo ter sensação de náusea, enjôo, cansaço e arritmia”, explica o professor.  

Ainda segundo o especialista, essa diferença da dor torácica entre homens e mulheres está relacionada à anatomia cardíaca. “Geralmente, em homens, existe o rompimento da placa de gordura, enquanto nas mulheres existe um processo erosivo. Então, toda mulher que sentir dor torácica ou desconforto na região do tórax, associado a náuseas, vômito, dor no estômago, palpitações, é indicado que busque atendimento médico, tendo em vista que estes podem ser indícios de um infarto”, alerta.   2. Quais são os principais fatores de risco? 

Pablo alerta que a pessoa pode ter um infarto tanto por questões hereditárias, quanto por comportamentos nocivos à saúde cardíaca. “Os fatores de risco de infarto são os mesmos para homens e mulheres: hipertensão, diabetes, aumento do colesterol, sedentarismo, obesidade, histórico familiar e tabagismo. Lembrando que, em mulheres, o tabagismo, junto ao uso de anticoncepcional oral aumenta o risco de trombose e infarto”, ressalta.  

3. Mulheres têm menor probabilidade de infartar 

Sabia que mulheres mais jovens têm menor propensão a ter um infarto? Sim, é isso mesmo que você leu. De acordo com o professor, mulheres têm a proteção do hormônio estrogênio, que auxilia na vasodilatação, facilitando o fluxo sanguíneo e protegendo o endotélio. “Por terem essa proteção, as mulheres jovens têm menor chance de sofrer com um infarto. Após a menopausa, com o declínio da produção desse hormônio, as chances de ter um infarto em homens e mulheres praticamente se iguala”, diz.  

Então, para proteger o coração, vale uma receita bem conhecida: exercício, alimentação saudável e noites bem dormidas. “Para cuidar bem do coração, deve-se ter um estilo de vida saudável, dormir bem, praticar atividade física regularmente, ter uma alimentação baseada em frutas, verduras e alimentos in natura, evitar frituras, diminuir o consumo de alimentos ricos em carboidratos. E caso tenha algum sintoma, deve-se procurar atendimento médico”, finaliza Pablo Germano.