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Tecnologia

Seis motivos para não usar notebook durante home office

Os brasileiros nunca compraram tanto notebooks como agora. De acordo com dados do IDC (Instituto de Desenvolvimento de Consultores), foram vendidos 5 milhões de notebooks e 1,3 milhão de desktops no Brasil, em 2020 – uma alta de 6% no mercado. Segundo o Google Trends, as buscas por “comprar notebook” registraram o índice de 100 pontos entre 31 de maio a 6 de junho de 2020 – o que representa o pico de popularidade. Os números são motivados pela pandemia, que forçou os consumidores a buscarem opções para o ensino remoto e o home office. No entanto, especialistas apontam que o notebook não é o tipo mais adequado de computador para trabalhar por longos períodos.

O mestre em Design Gráfico e professor do curso de Jogos Digitais da Universidade Positivo, Rafael Baptistella Luiz, lista seis motivos para considerar antes de usar o notebook no home office. As razões, que vão das financeiras às tecnológicas, podem ajudar na hora de escolher o melhor equipamento de trabalho.

  • Mobilidade

A grande vantagem do notebook, segundo Luiz, é o tamanho e o peso, que permite maior mobilidade. “Isso é justificável para quem viaja bastante ou muda de ambiente de trabalho frequentemente, mas durante a pandemia, em home office, não faz sentido”, afirma. 

  • Preço

Um notebook é mais caro que um desktop, se forem equipamentos de mesmo desempenho. Além disso, os desktops têm uma vida útil média maior que os notebooks, outro fator de economia a médio e longo prazo.

  • Estresse e queda de produtividade

O notebook tem o poder de transformar qualquer espaço em ambiente de trabalho. A combinação entre bateria e antena de Wi-Fi não encontra limites dentro de casa e torna o desligar-se das atribuições profissionais mais difícil. Resultado: onde quer que vá, estará trabalhando. O trabalho pode invadir todos os cômodos da casa, o horário de almoço, as horas de descanso e lazer. “Em pouco tempo, isso pode aumentar o nível de estresse, possivelmente provocando, também, uma queda na produtividade. Produzindo menos, será necessário mais tempo no notebook para fazer as mesmas coisas de antes. E isso pode virar uma bola de neve”, alerta o professor.

  • Manutenção

Abrir o gabinete do desktop é muito mais fácil que com os notebooks. Eles são mais difíceis de manusear, requerem mais equipamentos específicos e, sobretudo, conhecimento. Isso significa que é mais difícil para corrigir, limpar ou turbinar a máquina. Por isso, a assistência técnica especializada em notebooks é mais cara. Os técnicos de computadores de mesa também são mais numerosos, o que barateia a mão-de-obra. Luiz pontua que o desktop traz comodidade e facilidade de reposição de peças em caso de defeitos. “Qualquer problema no notebook, o usuário fica sem o equipamento inteiro, enquanto que no desktop se troca apenas a peça que apresentou defeito, rapidamente”, destaca.

  • Ergonomia

Um dos maiores impactos negativos do notebook é na saúde. Dependendo da maneira de uso, poderá fazer mal à coluna, vista e articulações. É mais difícil ter uma boa postura usando um notebook porque o formato é naturalmente inadequado para o uso ergonômico por seres humanos. Para reduzir os possíveis danos, o especialista indica um teclado e mouse separados e um suporte, para que a tela fique na altura dos olhos, ou mesmo um outro monitor.

  • Tecnologia

O desempenho dos melhores notebooks está abaixo dos melhores desktops. Além disso, os desktops têm a vantagem de serem mais facilmente personalizáveis. Turbinar a máquina com mais RAM, placa de vídeo mais potente, ou trocar o processador depois de um tempo é relativamente mais simples e econômico, em comparação com notebooks.