Estratégias sobre as mudanças na gestão do Cadastro Único (CadÚnico) e programa Bolsa Família foram debatidas durante a reunião da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (Sedes) e do Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Assistência Social (Fonseas), nesta terça-feira (26). A reunião contou com a participação dos Coordenadores Estaduais do Cadastro Único dos Programas Sociais dos Estados Brasileiros.

O Ministério da Cidadania pretende retirar a autonomia dos municípios para realizar novos cadastros no CadÚnico, priorizando o autocadastro dos beneficiários por meio de aplicativo para celular. A centralização do cadastro via aplicativo dificulta o acesso de milhões de famílias de baixa renda, que muitas vezes não possuem celular, acesso à internet, e nem orientação adequada para preencher o cadastro da maneira correta para conseguir ter acesso aos programas sociais.

Para o secretário da Sedes e presidente do Fonseas, Márcio Honaiser, é necessário oferecer proteção social e a garantia de direitos das famílias que precisam dos benefícios como o Bolsa Família e outros programas.

“Estamos elaborando uma nota técnica para ser encaminhada ao Ministério da Cidadania, indicando os riscos e proposições que essas mudanças ocasionarão no processo do cadastro das famílias beneficiárias. Precisamos pensar no acesso dos novos usuários a essa nova forma de cadastro, bem como o acompanhamento das famílias já inseridas no CadÚnico”, explicou Honaiser.

A Sedes vem realizando uma série de capacitações nos 217 municípios maranhenses para qualificar trabalhadores do CadÚnico e manter um serviço de excelência, assegurando a transferência de renda para quem precisa. Atualmente, os cadastros são realizados nos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) dos municípios, onde as famílias são acolhidas por uma equipe de profissionais treinados.