Sebrae envolve colaboradores e clientes em campanha contra violência à mulher.

Sem deixar de comemorar as conquistas ao longo das últimas décadas, o Sebrae Maranhão ressalta o empoderamento feminino neste mês de março  engaja-se como parceiro no combate à violência doméstica e luta pelos direitos adquiridos pelas mulheres. A instituição vai realizar, junto aos seus colaboradores e clientes, ações de conscientização sobre a temática a fim de colaborar com os esforços e leis nacionais que resguardam a integridade da mulher em todas as suas instâncias.

Em 2022, a violência contra as mulheres brasileiras aumentou de maneira significativa, de acordo com os dados da quarta edição da pesquisa “Visíveis e Invisíveis: Vitimização da Mulher no Brasil”, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Instituto Datafolha e apoio da Uber. Pelos números, no ano passado, cerca de 18,6 milhões de mulheres foram vítimas de algum tipo de violência, o que equivale a um estádio de futebol com capacidade para 50.000 pessoas, lotado todos os dias. Em média, as mulheres vítimas de violência relataram ter sofrido quatro agressões ao longo do ano, mas entre as divorciadas a média foi de nove vezes.

Continuando com os números, os dados revelam que 30 milhões de mulheres que sofreram algum tipo de assédio, sendo que 26,3 milhões ouviram comentários desrespeitosos na rua ou no ambiente de trabalho, foram assediadas fisicamente no transporte público ou abordadas de maneira agressiva em uma festa.

Segundo a terceira edição do boletim Elas Vivem, da Rede de Observatórios da Segurança, o Maranhão está entre os sete estados que tiveram seus dados monitorados e registros de violência contra a mulher – os demais estados são Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí, São Paulo e Rio de Janeiro.

Entre 2.423 casos registrados pelo boletim, 495 são de feminicídios, ou seja, uma mulher morre por ser mulher a cada dia – vidas de mães, irmãs e filhas que são tiradas, em sua maioria, por companheiros, namorados ou maridos durante o relacionamento ou após o término. Os números são significativos e subsidiam os governos a criarem políticas públicas para amenizar e evitar essa prática nociva.

“Como empresa que possui mais mulheres que homens no seu quadro, inclusive exercendo a maioria dos cargos de liderança; que oferece salários equiparados para ambos os sexos, assim como condições de trabalho favoráveis; que respeita a legislação e os direitos trabalhistas a favor da mulher e que não compactua com quaisquer tipos de violência, é mais do que pertinente levarmos para além dos muros da nossa empresa aquilo que já praticamos aqui dentro, ou seja, o respeito à mulher e a não violência”, coloca a diretora de Administração e Finanças do Sebrae Maranhão, Edila Neves.

A executiva ressalta que, além dos colaboradores, o Sebrae vai estender a campanha aos clientes. “É importante que os pequenos negócios também encampem essa luta. Hoje, as mulheres são destaque no universo das MPEs, seja na gestão, seja como colaboradoras ou fornecedoras de serviços e produtos. Ter na empresa uma mulher que sofre violência doméstica, além de trazer esse sentimento de revolta e quase impotência a todos, gera um ambiente denso no trabalho. Precisamos encorajar os pequenos negócios a também estar juntos no combate a esse crime hediondo que é o da violência contra a mulher no nosso País”, sentencia ela.

As ações da campanha

Vídeo para marcar o início da campanha entre os colaboradores e os clientes; reforço da campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica  – lançada pelo Conselho Nacional de Justiça e pela Associação dos Magistrados Brasileiros, em 2020; envolvimento dos empresários, reforçando o respeito dado pela sua empresa ao sexo feminino e um bate papo sobre a temática, com a parceria da Casa da Mulher Brasileira, são as ações previstas pelo Sebrae para  marcar o mês de março, considerado o Mês da Mulher.

“Vamos fazer uma programação de ações especiais sobre a temática durante todo o mês, sem deixar de fazer alusão às legislações trabalhistas e de proteção às mulheres – como a própria Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), a Lei da Discriminação no Emprego (n.º 9.029/1995), a Lei Maria da Penha (n.º 11.340/2006), a Lei do Feminicídio (n.º 13104/2015), dentre outras de apoio à mulher”, finaliza a diretora de Administração e Finanças do Sebrae Maranhão, Edila Neves.