Saúde mental e seus reflexos no Sistema Socioeducativo é discutida pela ESMA
A Escola de Socioeducação do Maranhão (ESMA), da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), apresentou mais um lançamento na linha de formação: o Ciclo de Debates sobre Saúde Mental & Socioeducação. A primeira atividade debateu a “Saúde mental e seus reflexos no Sistema Socioeducativo”. O evento foi transmitido pelo canal da Funac MA no YouTube e contou com a participação de profissionais de outros estados.
Participaram do debate, Salethe Birino – assistente social; Angelo Costa – enfermeiro, socorrista, especialista em Saúde da Família e pós-graduando em Saúde Mental e Atenção Psicossocial; e Patrício Barros – pós-graduando em Psicologia e Saúde Mental. O debate foi mediado pelo psicólogo Josivaldo Coelho, que compõe a equipe da Coordenação de Programas Socioeducativos da Funac.
A diretora da ESMA, Priscilla Swaze, esclarece que o ciclo de debates sobre saúde mental & socioeducação surge da necessidade de agregar mais conhecimento e dar subsídios e ferramentais aos profissionais do sistema socioeducativo. “A cada dia, as questões de saúde mental se colocam como uma demanda crescente, seja pelo perfil dos adolescentes envolvidos com a drogadição, pelas patologias de transtornos mentais e outras situações, e agora de forma mais evidente por conta da pandemia, a questão sintomática de crises de pânico e ansiedade”, afirma.
“Diante desse contexto, os profissionais precisam ter conhecimento para pensar formas de atuação, elaborar estratégias de atendimento, buscar redes articuladas de apoio no intuito de dar conta dessa realidade. Por isso, a proposta da ESMA, desenvolvida em conjunto com a coordenação dos programas socioeducativos, visa pautar mensalmente uma área da saúde mental para auxiliar as equipes da Funac em sua atuação”, complementa a diretora da ESMA.
O educador social Carlos Eduardo, do Estado da Bahia, acompanhou o evento e destaca a importância do tema. “Ótimo debate, um tema extremamente importante para o desenvolvimento do trabalho, pois a saúde mental faz toda diferença. Parabéns a todos por compartilhar um pouco do conhecimento”, declara.
O enfermeiro Angelo Costa destacou que a principal importância da atividade é fazer com que os profissionais do meio aberto e do meio fechado entendam a relevância do tema para prestar um serviço de maior qualidade para os adolescentes que precisam do serviço. “É preciso discutir a saúde mental, principalmente nesse momento de pandemia e proporcionar uma qualidade de vida integral. É preciso tratar os adolescentes de forma preventiva com atendimentos, palestras, orientações e rodas de diálogos. A equipe multidisciplinar tem incluído a família nas atividades, levando em consideração que a família tem um papel fundamental na vida do adolescente”, pontua.
A diretora do Centro Socioeducativo de Semiliberdade Cidadã parabenizou a Fundação pela iniciativa do evento. “Dialogar sobre a saúde mental tem que ser uma prática constante. Parabéns a todos os palestrantes”, diz Geriane Silva.
Para a assistente social Saleth Birino, foi um momento enriquecedor e de trocas positivas sobre a temática de Saúde Mental na Socioeducação. “O evento serviu para sensibilizar os profissionais e gestores da área para que o assunto integre a pauta permanente de discussões que envolvem a socioeducação. A saúde mental não deve ser contemplada só na perspectiva do adoecimento psíquico pelo diversos fatores, mas deve se lidar com o tema de forma ampla a garantir a saúde mental de todos os socioeducandos, independente de apresentarem ou não algum transtorno. Cuidado esse que deve ser estendido a todos nós profissionais”, comenta.
O palestrante Patrício Barros falou da Rede de Atenção de Saúde Mental e da Portaria Ministerial nº3088/2011. “A portaria engloba vários serviços da Atenção Primária à Saúde, atenção Psicossocial Especializada (CAPS, Ambulatórios), Atenção de Urgência e Emergência e Atenção Residencial de Caráter Transitório, Atenção Hospitalar, Estratégias de Desinstitucionalização e Reabilitação Psicossocial, com o objetivo de melhorar o acesso à atenção psicossocial da população em geral, ajudar usuários e suas famílias e garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território. É de suma importância que as pessoas tenham um acompanhamento multidisciplinar e de uma equipe multiprofissional que vão ajudar nas condições dos processos terapêuticos, principalmente na área da infância e adolescência”, destaca.