Saiba quais são as principais doenças de pele dos pets

As doenças de pele nos pets podem surgir por diversos motivos, variando a gravidade e tendo diversas formas de tratamento. O importante é o tutor estar sempre alerta ao que está acontecendo abaixo do pelo e procurar um veterinário o mais rápido possível.  

No calor do verão, os animais que gostam de brincar com água estão correndo perigo de contrair alguma doença de pele. As dermatites também aparecem rapidamente nessa época. Isso acontece porque os pets se molham e os pelos acabam demorando mais tempo para secar, criando um cenário perfeito para ácaros, fungos e bactérias.

Segundo explica a médica veterinária do Pet Mania, Rayule Cristina, especialista em dermatologia, “o excesso de água pode provocar alergias em animais domésticos, além das dermatopatias, tem dermatites causadas por fungos e bactérias, isso pode acontecer quando o animal se molha e não higieniza e seca o pelo de forma adequada e o pelo úmido é propício para a formação de fungos e bactérias”.

Foi o que aconteceu com o Pisco, um dos Huskys siberianos do servidor público, Márcio Pantoja. O tutor conta que percebeu uma queda de pelo excessiva e uma ferida na pele do animal.

“Ví que o pelo dele estava caindo mais que o normal e notei uma ferida na pele, perto do rabo, levei ao veterinário e foi diagnosticado como uma dermatite, provavelmente por que ele pegou chuva e não secou o pelo. Hoje tomo mais cuidado, sempre que chove eles ficam dentro de casa e se eles se molham eu faço questão de secar o pelo para que isso não aconteça de novo”.

Orientações

A veterinária do Pet Mania, Rayule Cristina orienta o que pode ser feito para evitar essas dermatites. 

“Um dos cuidado essenciais que precisamos ter com os pets é com relação a escovação, se você tem uma animal de pelo longo, como Shih-tzu, maltes ou mesmo de pelo duplo, no caso dos spitz alemão e do chow chow, você precisa redobrar o cuidado com a escovação. Lembrando também que a hidratação e a rotina de banhos precisa ser mantida para que a pele se mantenha saudável e tenha menos risco de infecções por fungos ou bactérias. Se o animal se molhar, é importante ter em casa um banho a seco, uma loção que vai te ajudar a tirar o cheiro de animal molhado e vai fazer uma higiene adequada”, avalia a veterinária.

E se mesmo com todos os cuidados o seu animal tiver algum problema de pele, procure um médico veterinário o mais rápido possível.

Dentre as doenças de pele dos pets as mais comuns são:

Parasitas: As pulgas e os carrapatos, visitantes indesejados sugam o sangue do pet e causam coceira, vermelhidão e pequenas feridas. Em alguns casos, transmitem verminoses e doenças.

Sarna: A sarna é provocada por um ácaro que se aloja na pele do cachorro. Apresenta-se em dois tipos. Sarna demodécica com a queda de pelo próximo aos olhos do cachorro. Ela também desencadeia coceira e pode se espalhar pelo corpo do pet. E a Sarna sarcóptica,

mais grave que o primeiro, esse tipo de sarna tem como sintomas o prurido, a perda de pelo, a formação de crostas na pele e a vermelhidão. 

Micose: É causada por fungos e pode ser transmitida tanto para seres humanos quanto para outros animais que convivem com o cão. O sintoma principal da micose é uma lesão avermelhada que leva à perda do pelo e vai aumentando de tamanho com o tempo. 

Dermatite alérgica: A dermatite alérgica pode ser provocada até mesmo por produtos que você usa para dar banho no seu pet. Também é desencadeada pelo contato com substâncias químicas, como produtos de limpeza. Seus principais sinais são a coceira, a pele avermelhada e as inflamações.

Fungos: As dobras dos cães, como axilas e virilhas, podem ficar úmidas em situações como após o banho. Isso cria o cenário perfeito para o surgimento de fungos. Os sintomas incluem marcas escuras e arredondadas, bem como feridas e vermelhidão que podem se espalhar por todo o corpo do animal.

Perigo! Câncer de pele em pets.

Outra doença de pele que os tutores devem ficar alerta é para o câncer de pele, mesmo que seu pet tenha o corpo coberto com pêlos, esse tipo de câncer ainda pode ser um perigo e causar diversos riscos à saúde do animal. Essa doença é comum em animais mais velhos e que são expostos por muito tempo ao sol.

Também chamado de neoplasia, o câncer é um tumor maligno que coloca em risco a saúde do pet. Os tumores ocorrem quando há crescimento anormal de células, que se multiplicam de forma descontrolada por uma anomalia em sua divisão. Apesar de ser uma doença assustadora, o câncer de pele em pets possui tratamento e boas taxas de recuperação.

Para a, Rayule Cristina, “a exposição prolongada ao sol é um fator para o aparecimento do câncer de pele nos pets, assim como nos humanos. Por isso se faz muito importante o uso de filtro solar principalmente em animais de pelagem clara.”

“O câncer de pele é mais comum em animais de meia idade e idosos, desta forma é preciso ficar atento ao aparecimento de feridas que não cicatrizam, nódulos brancos ou escuros, tumores e associado a esses sinais clínicos podem vim perda do apetite, vômitos e apatia. É preciso ligar o alerta para gatos de pele clara com feridas em borda de orelha, um sinal clínico clássico da doença nos felinos”, explica a veterinária

Melina Vieira é a tutora da Lobinha, uma husky de 10 anos que apresentou uma lesão de câncer de pele. 

“A Lobinha sempre gostou de sol, as vezes ela dormia nos sol de meio dia, eu não imaginava que isso faria mal para ela, são tantas camadas de pelo que achei que a pele dela estava protegida, mas no fim do ano passado ela teve uma ferida perto do rabo e tinha um nódulo no meio, levei logo ao veterinário, ela fez a cirurgia na semana seguinte e a biópsia confirmou que era um tumor maligno”, conta a tutora.

 A veterinária do Pet Mania, Rayule Cristina explica como é o tratamento para o câncer de pele nos pets. “Em geral o tratamento é cirúrgico para a remoção da lesão cancerígena e da  margem em volta dela. Nunca é demais lembrar que prevenir é curar o seu bichinho sem remédio, por isso evite a exposição prolongada ao sol”.

Lembre-se que o mais importante é realizar visitas regulares ao veterinário. O especialista poderá notar qualquer alteração e realizar exames regulares, estando sempre de olho na saúde do amigo de quatro patas!