A crise de ausência pode ser explicada como um tipo de crise epiléptica, ou seja, ela é causada por conta de descargas elétricas cerebrais, excessivas e desordenadas. Muitas vezes, estas crises podem passar despercebidas pelos pais e responsáveis, como explica o médico neurologista do Sistema Hapvida, Marcelo Marinho.

“Na crise, observamos momentos breves de desconexão do bebê, com olhar mais vago, “olhando para o nada”, sem responder aos chamados dos seus pais, mas, em poucos segundos, voltando à normalidade”, pontuou o especialista. A crise pode ser facilmente confundida com apenas uma distração do bebê ou até mesmo como concentração em algum ponto fixo. O diagnóstico é feito através de um acompanhamento com neuropediatra, que solicitará alguns exames, como por exemplo, eletroencefalograma e exames de neuroimagem, sendo tomografia ou ressonância. 

“É muito incomum que ocorra, por ser usualmente um tipo mais brando de epilepsia, com sintomas mais leves e sem maior repercussão ao funcionamento do cérebro posterior às crises”, informou o neurologista sobre possíveis danos para a saúde do bebê. 

As crises são comuns em bebês e crianças, tendo a possibilidade de desaparecer, de acordo com o crescimento, especialmente posteriores à adolescência ou à vida adulta. Mas o especialista alerta para a importância do acompanhamento de um neuropediatra, assim o seu desenvolvimento pode ser acompanhado e caso aconteça mais alguma alteração, poderá ser tratada com antecedência, aumentando as chances de um tratamento imediato.
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