SAF participa do Escudo da Mulher Amazônica que acontece na Terra Indígena Caru
O Escudo da Mulher Amazônica teve início na última segunda-feira (12), na Aldeia Indígena de Maçaranduba, localizada no Território Indígena Caru, área de atuação do Projeto Amazônico de Gestão Sustentável (Pages), no entorno do Mosaico do Gurupi. A Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) apoiam o encontro ao fortalecer o empoderamento das mulheres indígenas da região por meio do compartilhamento de experiências práticas relacionadas à proteção, monitoramento e mapeamento de terras.
O encontro, organizado pelas Guerreiras da Floresta, busca impulsionar o protagonismo feminino na defesa de seus territórios e promover o fortalecimento das lideranças indígenas, contribuindo para a preservação ambiental e cultural da Amazônia. A iniciativa é uma oportunidade de troca de conhecimentos e de apoio à autonomia das mulheres indígenas na luta pela proteção de suas comunidades, além de ser um espaço para celebrar a cultura com o compartilhamento das heranças ancestrais de cada participante.
“O Paes tem ampliado sua atuação e consolidado sua presença nos territórios indígenas, que são parte fundamental do público atendido pelo projeto. A SAF mantém o compromisso de apoiar iniciativas como esta, que promovem a escuta ativa das comunidades e valorizam seus conhecimentos. Este encontro reforça nossa missão de caminhar ao lado dos povos indígenas, com atenção especial ao protagonismo das mulheres nesses territórios,” destacou o secretário da SAF, Bira do Pindaré.
Para Mariana Nóbrega, a participação do Pages é uma oportunidade de dialogar junto ao público participante do projeto, para estreitar ações conjuntas e estruturantes. “Temos a oportunidade de ampliar nossa atuação junto aos povos indígenas na área de atuação do Pages. Nestes dias, nossa equipe tem se dedicado à escuta e ao compartilhamento de conhecimento que o território oferece. Entendemos a grandiosidade do trabalho realizado pelas Guerreiras da Floresta e como ele precisa ser ampliado com recursos e assistência. Estamos aqui com esse compromisso”, afirma.
Cerca de 40 mulheres defensoras da Terra Indígena (TI) estão à frente do encontro, direcionando toda a dinâmica das atividades durante a semana. Pautas como o enfrentamento a ameaças contínuas, a extração ilegal de madeira, a monocultura e a violência estão sendo discutidas no encontro.
O Pages, além de investir com recursos financeiros para que o evento pudesse acontecer, construiu um folder que trata dos direitos das mulheres indígenas no Maranhão. O material de comunicação, que foi distribuído para as Guerreiras da Floresta, explica direitos no âmbito da identidade, terras, combate à violência, saúde, acesso à educação, representatividade, acesso à Defensoria Pública e ambiente de moradia saudável. Além disso, o folder traz os canais de apoio no Maranhão, órgãos federais e números de contato para casos de violência e violação dos direitos das populações indígenas.
O evento, que se encerra na próxima sexta-feira (16), também contou com a participação da Awana Digital, organização que atua ao lado de defensores ambientais na Amazônia e no Cerrado, oferecendo apoio por meio da troca de conhecimentos e ações de capacitação.