O Ministério Público do Maranhão realizou na manhã desta segunda-feira, 16, no auditório das Promotorias de Justiça da Capital, no Calhau, a Roda de Conversa sobre a prevenção ao câncer de mama. A atividade foi conduzida pela promotora de justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAO-Saúde), Glória Mafra.

Nesta terça-feira, 17, a Roda de Conversa será realizada no auditório do Centro Cultural do MPMA e na quarta-feira, 18, no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça. As apresentações serão às 9h.  

O evento faz alusão ao Outubro Rosa, campanha de conscientização para alertar a sociedade sobre a importância da prevenção e diagnóstico do câncer de mama. A atividade é direcionada a membros, servidores, empregados terceirizados e estagiários.

Glória Mafra explicou que o câncer de mama é um dos tipos mais comuns dentre os que acometem as mulheres e também pode ocorrer em homens. Ela abordou os fatores de risco, a exemplo de idade e gênero, histórico familiar e exposição hormonal.

Ela falou sobre sintomas que devem ser observados pelas mulheres: nódulos, mudanças na pele, saída de secreção, inchaço ou dor nos seios. “É importante destacar que a ausência desses sinais não exclui a necessidade de ir ao médico e de realizar a mamografia”, lembrou.

A prevenção deve ser feita por meio da mamografia, autoexame nas mamas e consultas médicas regulares. “Precisamos debater e divulgar sobre a importância da prevenção. O câncer de mama é a primeira causa de mortes na população feminina no Brasil, dentre todos os tipos de câncer. Por isso, é uma doença que merece toda a nossa atenção”, afirmou Glória Mafra.

Além disso, a palestrante enfatizou a desigualdade no acesso à saúde no Brasil de acordo com a etnia e a renda das mulheres. “As mulheres pretas são as que mais são diagnosticadas, em estágio avançado, quando comparadas com as pardas e brancas e isso reflete a falta de acesso aos serviços de saúde nesse segmento da população”.

Ao final da apresentação, Glória Mafra destacou que a roda de conversa conseguiu alcançar os colaboradores do MPMA, especialmente os terceirizados e servidores, além da necessidade de ampliar e garantir o acesso das mulheres com deficiência à prevenção. “A dificuldade das mulheres cadeirantes e com nanismo em fazer mamografia pela falta de mamógrafos acessíveis em todo o estado do Maranhão é uma realidade. Então essa dificuldade de acesso precisa ser revertida. Queremos que mais mulheres tenham saúde e menos mulheres morram de câncer de mama”, concluiu.