Na última quinta-feira (24) a Secretaria de Políticas para Mulher (SMPM) realizou roda de conversa no polo do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), do Bairro Bacuri, em alusão a data em que é comemorada 90 anos da conquista do voto feminino. Com o tema, “Voto da mulher: do Sufrágio a Conquista”, a temática objetivou evidenciar o grande desafio sobre a representatividade das mulheres no cenário político e teve como palestrante, a advogada Gabriela Bonfim.

A secretária da mulher, Eva Messias, enfatizou serviços e ações da rede de proteção à mulher da Prefeitura, como o Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CRAM) e Casa Abrigo Doutora Ruth Noleto, e relatou a importância da temática abordada. “Falar sobre a conquista do voto feminino é uma forma de mostrarmos que a consciência coletiva, por meio desse público, é constituída de ações de empoderamento que fazem a diferença na conjuntura sócio-política. Apesar das conquistas políticas ao longo da história, atualmente não reflete o ideal, mas representa avanços a favor da igualdade de condições e oportunidades entre homens e mulheres na sociedade e na política”, relatou.

Na roda de conversa, a palestrante Gabriela Bonfim relatou a presença da mulher no cenário político e a importância da conquista desse espaço. “No fim do século XIX e início do XX, a conquista do voto feminino gerou grandes polêmicas pelo mundo e o sufrágio marcou o nascimento do feminismo. De fato, ao longo desses 90 anos as mulheres ocuparam espaços em todas as esferas, obtiveram conquistas sociais, profissionais e políticas. No entanto, a representatividade do sexo feminino neste meio ainda é muito pequena”.

A palestrante relatou em sua fala que “as mulheres em cargos públicos no Brasil, têm baixa representação e a participação feminina no Congresso Nacional é de apenas 15% atualmente” e enalteceu a participação do público feminino responsável por representar 52,5% do eleitorado brasileiro, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Por mais participação feminina nas políticas!”, ressaltou a advogada.