Robótica no SESI transforma ex-estudantes em técnicos e inspira novos talentos
São Luís – O Torneio Regional SESI de Robótica, promovido pelo Serviço Social da Indústria do Maranhão (SESI-MA), tem sido uma vitrine para estudantes de todo o país, desafiando-os a aplicar seus conhecimentos em projetos reais e a desenvolver habilidades essenciais para o futuro. Por meio do programa, muitos estudantes não apenas descobrem o potencial da tecnologia, mas também aprendem valores fundamentais como trabalho em equipe, resiliência e liderança. Hoje, esses mesmos ex-estudantes, que um dia competiram no Torneio SESI de Robótica, retornam como técnicos, orientando novas gerações de estudantes e perpetuando o impacto positivo que o programa teve em suas vidas.
A FIRST LEGO LEAGUE (FLL) é um dos maiores torneios de robótica voltados para o público jovem, reunindo equipes de todo o Brasil em desafios que envolvem programação, design e inovação. Para muitos, a FLL foi o ponto de partida para suas trajetórias profissionais, e a experiência adquirida na competição foi fundamental para o desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais que marcaram suas vidas.
Erick Saraiva e Yan Azevedo Lima, ex-estudantes que competiram na FLL e hoje atuam como instrutores das equipes do SES I Araçagi, compartilham como a robótica foi crucial para seu crescimento.
“No início, era apenas curiosidade, mas logo percebi que a robótica era o caminho que queria seguir. A FLL foi fundamental para me fazer entender que poderia trabalhar com isso na minha vida profissional”, relembra Erick.
Yan também destaca o impacto da robótica em sua formação. “Participar da FLL foi uma experiência que me abriu os olhos para o mundo da tecnologia e da inovação. Não apenas aprendi sobre robótica, mas também como lidar com desafios e trabalhar em equipe”, afirma. Agora, ele dedica seu tempo a transmitir esses conhecimentos aos estudantes.
Por outro lado, a F1 in Schools, uma competição voltada para a criação de carros de corrida simulados, também movimenta a robótica no SESI. Enzo Soares e João Menezes, ex-estudantes que competiram na F1 in Schools e hoje são assistente técnico e técnico, respectivamente, destacam o valor da competição para a formação de profissionais completos.
“A F1 in Schools não é apenas sobre robótica, é sobre resolver problemas, trabalhar em equipe e desenvolver habilidades de gestão e comunicação”, explica Enzo.
Hoje, como profissionais, Erick, Yan, Enzo e João enfrentam o desafio de orientar múltiplos projetos com diferentes necessidades e dinâmicas. No SESI São Luís, João Menezes e Yan Lima são responsáveis pela orientação de nove equipes, das quais quatro conquistaram vagas para o torneio nacional. Na F1 in Schools, as escuderias Pugnator, Spartacus, Ragnar e Lipima garantiram seu espaço na etapa nacional, destacando-se pelo alto nível técnico e inovação. A Pugnator, bicampeã do torneio regional, lidera a delegação maranhense, enquanto a Lipima, formada exclusivamente por meninas, fará história como a primeira equipe feminina do estado a disputar o nacional, reforçando a presença das mulheres na engenharia e na tecnologia.
“É uma grande responsabilidade representar todas as meninas que gostam de tecnologia e engenharia. Estamos preparadas para mostrar que podemos competir de igual para igual e conquistar nosso espaço”, afirmou Ester Holanda, aluna da equipe Lipima.
Luiza Camões, aluna da escuderia Pugnator, também celebrou a conquista da vaga no nacional. “Nosso time se dedicou muito para chegar até aqui, e agora queremos ir ainda mais longe. O nacional será um desafio maior, mas estamos confiantes e determinados a dar o nosso melhor”, destacou.
Para os instrutores, o trabalho vai além da preparação técnica. Além de lidar com os desafios de cada equipe, eles também precisam garantir que os estudantes desenvolvam habilidades essenciais para o futuro. “A responsabilidade é maior, pois agora o foco está em todas as equipes, e não só em uma”, comenta Enzo Soares, que auxilia no treinamento dos times. João Menezes, seu colega de trabalho, complementa: “Ver a equipe da qual fui parte conquistar prêmios e deixar um legado é uma sensação indescritível. Agora, como técnico, tenho a chance de guiar outras equipes para o mesmo sucesso.”
Além da parte técnica, o torneio também ensina habilidades fundamentais para a vida profissional. Yan Lima, que acompanha de perto o desenvolvimento dos estudantes, acredita que as lições de trabalho em equipe e tomada de decisões são algumas das mais valiosas. “Ensinar os estudantes a tomarem decisões e a trabalharem de forma colaborativa é, sem dúvida, um dos aspectos mais enriquecedores da nossa função”, destaca.
O crescimento da robótica no SESI Maranhão reflete o impacto positivo da competição na formação dos estudantes. De poucas equipes no passado, hoje são trinta equipes em plena atividade em todo o estado, demonstrando o sucesso do programa na preparação de jovens para os desafios do futuro. “É emocionante ver o impacto que a robótica pode ter na vida dos estudantes. Eu mesmo fui um exemplo disso, e agora como técnico, quero ajudar meus estudantes a alcançarem seus próprios objetivos e conquistar vitórias”, afirma João Menezes.
Ao longo dos anos, o SESI tem se mostrado não apenas um local para o desenvolvimento técnico, mas também um ambiente onde habilidades de liderança, trabalho em equipe e tomada de decisão são fomentadas e aprimoradas. O trabalho dos ex-estudantes e mentores como Yan Lima, Enzo Soares, João Menezes e Erick Saraiva é a prova de que a robótica educacional tem um papel fundamental no desenvolvimento de profissionais preparados para os desafios do futuro.
A jornada de cada um desses especialistas é um reflexo claro de como a robótica no SESI transforma vidas e cria um ciclo contínuo de aprendizado, evolução e, acima de tudo, sucesso.