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Recuperandos das APACs de Bacabal e Itapecuru-Mirim iniciam a produção de 90 mil máscaras de proteção

Recuperandos das Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (APACs) dos municípios de Itapecuru-Mirim e Bacabal iniciaram a produção de 90 mil máscaras de proteção feitas de TNT. Após atingirem a meta, eles começam a confeccionar os fardamentos dos presos do sistema prisional do Maranhão.

A ação é resultado do projeto “Além das fronteiras – humanizar a pena, promover a vida”, cofinanciado pela União Europeia.  Entre os parceiros para a efetivação do projeto estão a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), Poder Judiciário, Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI-Brasil) e a Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC).

Com o apoio financeiro da União Europeia, serão destinados R$ 350 mil em recursos para 23 APACs, sendo 21 delas no estado de Minas Gerais. Todo o material produzido pelos reeducandos será doado às comunidades carentes e instituições sociais e filantrópicas.

Ao todo, 46 reeducandos das APACs de Itapecuru-Mirim e Bacabal estão inseridos nas ações para produção das máscaras de proteção. Em cada Apac, foi instalada uma malharia, onde trabalham na produção 23 recuperandos, que possuem a meta de confeccionar 500 máscaras por dia.

“Abraçamos com muita satisfação esse projeto, que possui duas causas imprescindíveis para os recuperandos, tanto de oportunidade à profissionalização por meio do trabalho, como de motivação à causa social”, destaca o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Murilo Andrade de Oliveira.

Cada APAC vai receber como doação dos voluntários todo o equipamento e material para produção das máscaras, o que inclui 3 máquinas de costura, 1 máquina de corte, tecidos, elástico, tesouras e agulhas.  Com as doações, a previsão é que em Bacabal 49 instituições sejam beneficiadas, incluindo hospitais e unidades de saúde, associações beneficentes e moradores. Em Itapecuru-mirim serão 146, incluindo agremiações religiosas, voluntários e familiares dos recuperandos.

Os recuperandos realizam todo o processo de confecção. “Estamos fazendo desde o corte no tecido, a costura, acabamento e finalizando com a embalagem. Trabalhar nesse projeto é uma lição de vida que, no futuro, vou poder utilizar como uma profissão”, conta Jackson Matos Pereira, recuperando da APAC de Itapecuru-Mirim.

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Esta semana, internos do sistema prisional do Maranhão ultrapassaram o total de 1 milhão de máscaras de proteção produzidas. O trabalho, feito por cerca de 200 detentos do Complexo Penitenciário São Luís, segue normalmente. As máscaras produzidas estão sendo doadas à população.