Ração de gato: quantas vezes por dia você deve alimentar seu bichano?
Cuidar da alimentação do gato é, certamente, uma das tarefas mais difíceis para os donos desses bichinhos. Diferente dos cães, os felinos possuem um paladar extremamente criterioso e não costumam comer tudo o que veem pela frente. Justamente por isso, é importante ter em mente quantas vezes por dia o gato deve comer e, principalmente, qual a quantidade certa de ração e sachê para gatos que deve ser oferecida ao seu amigo.
Uma das dúvidas mais frequentes entre os tutores é quantas vezes por dia o seu bichinho deve comer. O detalhe é que, diferente dos cachorros, os gatos são bem exigentes e não abrem mão de uma “refeição fresca”. O que significa que aquele restinho de ração que sobrou da manhã certamente não servirá para o seu gatinho no fim do dia.
O veterinário e especialista em felinos da PetMania, Victor Hugo Carvalho, explica que o ideal é manter a alimentação do bichano um mais próximo do hábito alimentar do felino no ambiente selvagem. “Naturalmente no ambiente selvagem o felino tende a comer pequenas porções em vários momentos do dia. Trazendo para o ambiente doméstico, esse hábito precisa ser mantido porque dessa forma é possível garantir uma maior saúde do organismo felino e, consequentemente, prevenindo distúrbios no trato urinário e mantendo o PH da urina mais equilibrado, além de reduzir as chances de formação de cálculos renais muito comum entre esses animais”, orienta.
Já no caso dos felinos castrados a alimentação deve ser diferenciada. “A castração no gato pode reduzir em até 30% o seu metabolismo, ou seja, gatos castrados sentem menor necessidade calórica pra manter o seu organismo funcionando. Por esse motivo, gatos castrados devem comer menos para manter seu metabolismo sem alterações”, esclarece o especialista ao lembrar que os felinos castrados devem manter uma alimentação equilibrada e com menos carboidrato.
Na hora decidir a quantidade certa de ração, o veterinário destaca que é necessário levar alguns pontos em consideração. “Existem fatores que contribuem para essa decisão. Antes é preciso levar em consideração que a quantidade certa vai depender da qualidade da ração que é oferecida. Por exemplo, uma alimentação premium ou super premium, onde a qualidade dos nutrientes é muito melhor, o animal vai precisar comer menos para suprir sua necessidade nutricional”, pontua.
A idade do felino também influencia na porção que deve ser consumida. “Cada faixa etária precisa consumir uma quantidade específica. No caso dos filhotes, por exemplo, comem em uma frequência muito maior que um gato idoso”. “O estilo de vida desse animal também precisa ser levado em consideração. É um gato que fica o dia inteiro dentro de casa, deitado ou é um felino que costuma brincar, sair pra rua e passear?”, indaga.
Petiscos com consciência!
Quando falamos em alimentação para gatos não há como não lembrarmos dos petiscos. Apesar de não haver uma regra para o consumo desses aperitivos, o especialista chama a atenção para consumo adequado. “Os petiscos precisam ser usados com moderação. Não é interessante para a saúde do animal que esses aperitivos se tornem um hábito, tampouco, parte principal da refeição. Ele deve ser usado como recompensa, de agradar o bicho, fazer o reforço positivo, para adestrar, brincar”, ensina.