A doença é relativamente comum. No mundo todo, são cerca de 125 milhões de habitantes com psoríase. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 5 milhões de pessoas sofrem com a doença no país. Muitos não têm o diagnóstico correto e ainda não estão em tratamento.

Segundo especialistas, a psoríase é uma doença crônica, ou seja, ela acompanha o indivíduo ao longo de toda a vida. “Existem períodos de melhora e de piora, mas ainda não existe a cura, o que existe é um controle da doença”, explica Diogo Pazzini, dermatologista do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica.

Na psoríase, aparecem manchas avermelhadas e crostas que podem atingir o corpo todo, mas são mais comuns no couro cabeludo, unhas, cotovelos e joelhos. Entre os sintomas, são comuns a coceira, dor e até sangramento, além do ressecamento da pele. O especialista explica, ainda, que a doença é sistêmica e pode acometer outras partes do corpo. “Pode afetar todos os órgãos, ocasionando comprometimento cardiovascular, endocrinometabólico, gastrointestinal, oftalmológico. É uma doença sistêmica e os quadros graves necessitam de tratamento global”, esclarece o dermatologista. 

A doença também gera impactos na autoestima. “Apesar de poder afetar vários órgãos, o que mais incomoda o paciente é aquilo que está visível. Pacientes com psoríase relatam constrangimentos, dificuldade social, dificuldades no trabalho e baixa autoestima e uma baixa qualidade de vida”, enumera.

TRATAMENTO

A doença tem raízes genéticas, mas outros fatores também podem contribuir e precipitar as crises. Aspectos psicológicos, como estresse, além de exposição ao frio e abuso de álcool, podem desencadear crises, 

A psoríase não é uma doença contagiosa, muitos pacientes sofrem preconceito, pois as lesões ficam visíveis pelo corpo todo, muitas delas podem doer, principalmente quando a enfermidade atinge a região da palmoplantar. 

“O tratamento melhora muito a qualidade de vida da pessoa que sofre de psoríase, além de aumentar até mesmo a expectativa de vida. Melhora também as dores no caso de quem sofre de artrite psoriásica. Portanto, marcar uma consulta com dermatologista, com especialista, é fundamental”, finaliza Pazzini.