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Projeto em Açailândia promove visita de alunos à Câmara de Vereadores

Na manhã desta quarta-feira, dia 21 de junho, foi realizada mais uma etapa do projeto “Quero Ser Assim…”, direcionado aos alunos da rede pública de ensino e colocado em prática pela 2ª Vara de Família da Comarca de Açailândia. Na oportunidade, 70 alunos, do 7º e 8º ano da Escola Tania Leite, foram convidados a visitar as dependências da Câmara de Vereadores de Açailândia.

Os jovens tiveram a chance de conhecer de perto a chamada ‘casa de leis’ de Açailândia, o órgão legislativo do Município que é composto de Vereadores, representantes do povo, eleitos na forma da Lei, para o período de quatro anos. Na oportunidade estiveram presentes os vereadores Thiago Ferreira e Felisberg Melo, atual presidente da casa, e a Vereadora Thais Brito. Thiago e Thaís falaram um pouco sobre o trabalho e a função do vereador, como por exemplo, sobre a função fiscalizadora do cargo, diferenças entre projeto de lei, indicação e requerimento, dentre outros assuntos.

Por fim, motivaram os adolescentes a continuarem na escola, sempre estudando, para que um dia cada um deles alcance seus sonhos. O Juiz Alessandro Arrais Pereira, titular da unidade judicial e criador do projeto, esteve presente, junto com a advogada Elianna Holanda, que representou o OAB. O magistrado agradeceu a Câmara Municipal na pessoa, dos vereadores presentes, pelo apoio e parceria em busca do desenvolvimento de crianças e adolescentes de Açailândia.

DIRETRIZES DO PROJETO

O artigo 4º, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ressalta ser dever da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à educação e profissionalização, dentre outros. A partir desse artigo, três pontos ganharam atenção especial para a criação do projeto “Quero Ser Assim…”, os quais a 2ª Vara de Família de Açailândia adota como premissas de atuação. Primeiro, o fato de que um juiz com competência para a Infância e Juventude não pode solucionar os problemas sozinho, necessitando de rede de proteção e atuação, bem como a participação da sociedade em geral.

Segundo, a evasão escolar tem apresentado números alarmantes, sobretudo na rede pública de ensino, na qual os jovens deixam os bancos das escolas por falta de perspectiva de inserção no mercado de trabalho, bem como pela falta de informação sobre as mais diversas profissões. Por fim, balizados nos argumentos acima colocados e imbuído em uma maior participação da sociedade local, surgiu o projeto, no qual os alunos recebem a visita mensal de profissionais das mais diversas áreas, os quais compartilham informações e experiências, bem como detalhes acerca das profissões. 

“Os alunos escutam dos profissionais sobre relatos de vida, dificuldades, conquistas, enfim, depoimentos que servirão de inspiração a balizar aos jovens uma futura escolha profissional e a permanência na escola”, finalizou o juiz, frisando ser essencial a união entre sociedade e Poder Público no combate à evasão escolar.