Durante reunião realizada na tarde desta terça-feira (5), na Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), o deputado estadual Yglésio Moyses (PROS), o secretário Murilo Andrade de Oliveira e os representantes da ONG de proteção animal Lar de Noé, Taiane Guatolini e Nogueira Protetor, deram os primeiros passos para o desenvolvimento e implantação de um programa permitindo que cães abandonados, devidamente castrados e vacinados, sejam cuidados pelos internos do sistema prisional em São Luís.

O programa está sendo inspirado no projeto “RessociaCÃO”, desenvolvido com internos do sistema prisional de Itajaí (SC), onde eles são responsáveis pelo cuidado de cães vítimas de abandono ou maus tratos, como parte de suas atividades de ressocialização.

Para o titular da SEAP, Murilo Andrade, o projeto poderá proporcionar não somente apoio no processo de ressocialização dos detentos, mas ajudá-los a ter um ofício.

“Eu acredito que nós, enquanto sistema prisional, que tem a função de auxíliar a sociedade, pretendemos ajudar no que for possível nessa temática. E com isso, também trabalhamos a questão da ressocialização. Vamos colocar presos atuando no cuidado a esses animais. Eu acredito que podemos trabalhar não somente os cuidados básicos, mas entrar em outras capacitações, como tosa. Eles, inclusive, podem usar isso futuramente, como uma profissão”, disse.

Taiane Guatolini, presidente da ONG Lar de Noé, disse que a expectativa é grande. “Essa foi a primeira reunião. Trouxemos a ideia para o secretário para ver se há possibilidade, no que se refere à viabilidade e custos. Mas, de acordo com ele, dentro de um mês ou dois, no máximo, o projeto deverá ser executado”, destacou Taiane Guatolini.DivulgaçãoO deputado com o secretário Murilo Andrade de Oliveira e os representantes da ONG de proteção animal Lar de Noé, Taiane Guatolini e Nogueira Protetor

O deputado Yglésio Moyses (PROS), que está sendo uma ‘ponte’ entre a ONG Lar de Noé e a SEAP, com o objetivo de ajudar a facilitar e otimizar o processo, disse que seguirá acompanhando de perto os tramites para que o projeto, que já funciona em Itajaí (SC), também seja implantado na capital.

“Depois da reunião de hoje, nós vamos realizar outras para verificar os demais pontos que envolvem o projeto e seguiremos em frente. O nosso objetivo com isso são dois: dar um tratamento melhor aos animais que sofreram algum problema e ajudar os internos no processo de ressocialização. Nós vamos continuar apoiando a causa de perto para garantir que isso, de fato, se torne realidade”, concluiu o parlamentar.

A princípio, deverá ser realizado um projeto piloto, com um número reduzido de animais, para verificar se funciona e de que forma. Os cães participantes do projeto serão doados pela ONG Lar de Noé e, ao fim do programa, os animais serão disponibilizados para adoção.