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Programa de Equoterapia da Polícia Militar garante inclusão de pessoas com deficiência

O Centro de Equoterapia da Polícia Militar do Maranhão consolida suas atividades sociais com a incorporação de outros serviços à estrutura. Criado em 2005, a unidade vem evoluindo, dando acesso a mais praticantes. O centro funciona no Comando Geral da Polícia Militar, no Calhau, e oferece atividades lúdicas e terapêuticas para pessoas com deficiência e necessidades especiais, utilizando cavalos. A iniciativa ultrapassa os muros da corporação e, além da segurança, transmite humanidade, contribui para a recuperação e garante a inclusão.

O coordenador do serviço, tenente coronel José Soares Júnior, destaca os benefícios para a recuperação dos praticantes. “Avalio que o tratamento, na prática, é muito eficiente, de muito êxito e de muito resultado. As pessoas que participam ganham autoestima, mais independência em suas pequenas atitudes e todos saem satisfeitos com os avanços que conseguem. Sem falar da empatia que é despertada do praticante pelo animal. Essa pessoa sai mais calma, mais estimulada e mais tranquila. E para nós, policiais, é uma honra integrar essa atividade, que é uma das ações sociais que a Polícia Militar desenvolve”, pontuou.

Participam do tratamento pessoas com autismo, síndrome de Down e diversas outras necessidades especiais. Atualmente, são atendidos 100 praticantes, semanalmente, nos horários da manhã e tarde, de segunda a sexta-feira, em atividades de coordenação motora, terapêuticas. A equipe é composta de policiais militares e voluntários, nas áreas de psicologia, terapia ocupacional, fonoaudiológos, educadores físicos e pedagogos. 

“O cavalo, em sua genealogia, tem os mesmos movimentos do ser humano, e isto confere grande êxito de avanço na recuperação do praticante, dando mais autonomia e melhorando a autoestima. É uma das estratégias para garantir qualidade de vida aos praticantes, e busca desenvolver as áreas motora e emocional, cognitivas e do ensino-aprendizado. Promove a inclusão social de pessoas com deficiência”, frisou Soares Júnior. 

Aos praticantes que possuem comprometimento motor, o cavalo pode ajudar por meio de estímulos que darão avanços na mobilidade, equilíbrio, movimentação, força, entre outros. Para pessoas com déficit de aprendizagem ou autismo, o contato com o cavalo pode ajudar a estimular o raciocínio, a aprendizagem, treinar a concentração e outros benefícios. O animal também contribui no controle de problemas como ansiedade e outras questões psicológicas. 

O exercício adequado do praticante com o cavalo é definido pelo profissional, que irá identificar a melhor abordagem para cada pessoa, de acordo com as suas necessidades. “Estamos de portas abertas para atender as pessoas e inseri-las nas ações da equoterapia”, diz o tenente-coronel Soares Junior. Os cavalos que participam da ação são treinados para a função e dóceis. A Polícia Militar de Caxias também conta com um Centro de Equoterapia.

Ampliação

Novas atividades lúdicas com materiais diversos foram incorporadas ao tratamento e já são utilizadas pelo serviço, entre estas, a dançoterapia e infoterapia, tratamentos que antecedem a equoterapia. O centro tem parceria com a Associação Maranhense de Equoterapia (AME).

Inscrição

Para ter acesso ao serviço, basta ir ao Comando da Polícia Militar, no Calhau, levando documentos pessoais da pessoa com deficiência, mais laudo médico. É feita uma triagem com os técnicos da equoterapia e após, dado início ao atendimento, que dura dois anos.