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Profissionais de saúde levam ações de combate ao coronavírus a indígenas maranhenses

O trabalho de combate à Covid-19 no Maranhão alcança também indígenas maranhenses. Através de ações executadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Força Estadual de Saúde do Maranhão (Fesma), os indígenas da região do município de Jenipapo dos Vieiras, da Terra Indígena Canabrava, receberam orientações de prevenção, com a distribuição de máscaras, além de consulta médica, aplicação de testes rápidos para detecção da doença.

“A luta contra o coronavírus vem se fortalecendo em todo o Maranhão. Sabemos que esse cuidado com os povos indígenas é de competência federal, mas nós também assumimos esta causa, pois nossa missão é cuidar das pessoas. Este é o nosso desafio diário e, diante de uma pandemia, estamos fazendo ainda mais para alcançar quem precisa”, disse o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.

O objetivo do trabalho é percorrer as aldeias localizadas nos seis polos base reconhecidos pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), além do existente no município de Viana, já assistido por profissionais de saúde da SES. A estratégia é fruto de uma articulação interinstitucional entre as secretarias de Estado da Saúde (SES) e dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), o Dsei e o município de Barra do Corda.

“A ação em saúde já vem sendo realizada há uma semana e deverá ser estendida de acordo com a necessidade. Durante o atendimento foram realizados 300 testes rápidos para Covid-19, além da entrega de kits de medicamentos para pacientes com confirmados com a doença”, disse a coordenadora da Fesma, Cheila Faria.

Para Adriana Carvalho, assessora especial da Sedihpop, as estratégias do Governo visam minimizar danos. “Sabemos que o povo indígena tem um nível de vulnerabilidade epidemiológica grande. A Sedihpop, juntamente com a Comissão Estadual de Articulação de Políticas Públicas para os Povos Indígenas, recebe com muita gratidão esse fortalecimento de tarefas que a SES está fazendo em defesa da população indígena do Maranhão”, afirmou.

Fluxo de atendimento 

O Governo estadual tem trabalhado para reforçar o suporte operacional em território indígena. Por meio das equipes Fesma, em parceria com as equipes do Dsei, Sedihpop e secretarias municipais de saúde, foi articulado um fluxo de atendimento que contempla desde a porta de entrada até o encaminhamento para as unidades referência, de acordo com os seis Polo-Base.

Os casos triados e classificados como leves ou moderados pelas pelos profissionais serão direcionados para a UPA Bernardo Saião (Imperatriz), Ambulatório Médico Especializado (Barra do Corda), Hospital Municipal Dr. Tomáz Martins (Santa Inês), Hospital Municipal de Zé Doca, Hospital Geral de Grajaú, Ambulatório Médico Especializado e UPA Barra do Corda. Já os que apresentarem sintomas considerados graves deverão ser regulados para o Hospital Macrorregional Drª. Ruth Noleto (Imperatriz), e Hospital Regional Dr. Tomás Martins, em Santa Inês.

De acordo com levantamento feito pelo Dsei, foram confirmados 87 casos de Covid-19 em território indígena da região do município de Jenipapo dos Vieiras. A ação realizada em conjunto com os profissionais da Fesma percorreu as aldeias Cajueiro Real, São Pedro, El Betel, Mussum, Emanuel, Coroatá, Bananal, Yuting, Poti Velho, DQ. Ventura e Boa Esperança.

O coordenador do Dsei no Maranhão, Alberto Goulart, comentou que as estratégias desenvolvidas contaram com a compreensão e o apoio de caciques e lideranças das comunidades. “Pudemos contar ainda com a participação dos profissionais da Equipe Multiprofissional de Saúde Indígena (EMSI), do próprio Dsei, além de um enfermeiro e um técnico de enfermagem do município de Jenipapo dos Vieiras”, explanou.