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Produção industrial do Maranhão avança em julho e atinge maior nível desde outubro de 2024

De acordo com sondagem realizada com empresários do setor, a capacidade instalada chega a 75% e estoques sobem, indicando aquecimento da atividade

SÃO LUÍS – A Sondagem Industrial, pesquisa de opinião empresarial mensal realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontou em julho de 2025 o melhor desempenho do setor nos últimos dez meses. O levantamento tem como objetivo principal conhecer a tendência da atividade industrial e as expectativas dos empresários do setor, funcionando como um indicador de confiança e de previsão de desempenho da produção.

Segundo os resultados, o índice de produção no Maranhão alcançou 57 pontos, alta de 1,9 em relação a junho, o maior patamar desde outubro do ano passado, quando o indicador marcou 61,4 pontos.

O avanço reflete maior ritmo de contratações, crescimento dos estoques e expectativa positiva de compra de insumos. O número de empregados também subiu, atingindo 49,2 pontos, alta de 4,7 pontos no mês. Apesar de ainda abaixo do nível considerado de satisfação (50 pontos), o resultado indica que as empresas ampliaram investimentos em mão de obra para atender à demanda.

Estoques e capacidade – Os estoques industriais cresceram 10,6 pontos e chegaram a 61,1 pontos, bem acima dos 52,1 pontos registrados em julho de 2023. Além disso, o indicador de estoque efetivo em relação ao planejado atingiu 50 pontos, considerado o equilíbrio entre a produção e o ritmo de escoamento.

A utilização da capacidade instalada também mostrou avanço expressivo: alcançou 75%, crescimento de 6 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Segundo Carlos Jorge Taborda, coordenador do Observatório da Indústria do Maranhão, Carlos Jorge Taborda, o patamar indica que o setor ainda tem espaço para expandir e poderá demandar novos investimentos em curto prazo.

Para os próximos meses, os empresários projetam crescimento das compras de matéria-prima, que subiram para 58,9 pontos, e demanda aquecida por produtos industriais (54,2 pontos). Já as expectativas em relação ao número de empregados recuaram para 48,9 pontos, sinalizando um ajuste entre oferta e demanda de bens.

A pesquisa mostra que o setor industrial maranhense entrou no segundo semestre com sinais consistentes de recuperação, após oscilações no início do ano. Se confirmada a tendência de alta na utilização da capacidade, novas contratações e investimentos poderão ganhar força até o fim de 2025.