Prêmio Rodrigo busca ações no MA que preservam Patrimônio Cultural
As iniciativas que promovam o Patrimônio Cultural Brasileiro, no Maranhão e em todos o País, podem concorrer ao 34º Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura (Secult) e ao Ministério do Turismo. Para incentivar a inscrição de ações no estado e tirar dúvidas sobre o edital, o Iphan realiza oficina online para o público maranhense na próxima terça-feira (20), às 17h.
Os interessados em participar da oficina online devem encaminhar e-mail para ana.martinho@iphan.gov.br.
A premiação nacional vai reconhecer 12 iniciativas. Os vencedores vão receber R$ 20 mil como forma de incentivo ao trabalho desenvolvido em benefício do Patrimônio Cultural. O Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade 2021 homenageia o Patrimônio Cultural do Nordeste, mas podem ser inscritas propostas de todo o território nacional.
Podem inscrever ações no prêmio o poder público (municipal estadual e federal), cooperativas e associações formalizadas, redes e coletivos não formalizados, pessoas físicas, microempreendedor individual e microempresa. Fundações e empresas privadas poderão ser indicadas a menção honrosa, segmento no qual não há remuneração em espécie, mas confere certificação e selo do Prêmio Rodrigo 2021.
Etapas do Prêmio Rodrigo
Para participar os proponentes deverão acessar o formulário de inscrição, disponível no site do Iphan, até o dia 15 de agosto. As ações serão avaliadas, inicialmente, nas comissões estaduais, compostas por representantes das diferentes áreas culturais de cada estado e presididas pelos superintendentes. Iniciativas vencedoras na etapa estadual serão analisadas pela Comissão Nacional de Avaliação, formada pela presidência do Iphan e por 20 jurados que atuam nas áreas de preservação ou salvaguarda do Patrimônio Cultural.
O resultado da etapa regional está previsto para final de outubro. Já as dez ações vencedoras em nível nacional e as duas menções honrosas serão divulgadas em dezembro.
Os interessados em concorrer ao prêmio podem se inscrever em duas categorias. A primeira contempla ações de excelência na integração entre as dimensões material e imaterial do patrimônio cultural com resultados relativos ao ano de 2019 e 2020. Já na segunda categoria, podem ser inscritas ações de excelência na preservação e salvaguarda do patrimônio cultural adaptadas ao contexto da pandemia, com resultados relativos ao ano de 2020.
O Patrimônio Cultural do Nordeste
Desde sua criação em 1987, o Prêmio Rodrigo vem se aperfeiçoando e estabelecendo temas que refletem o desenvolvimento das políticas de valorização e proteção dos bens culturais.
O nordeste brasileiro possui inúmeros bens tombados reconhecidos pelo Iphan nos primeiros anos de atuação do Instituto. Formado por uma grande diversidade de elementos, se destacam os bens reconhecidos como Patrimônio Mundial pela Unesco: os centros históricos de Olinda (PE), São Luís (MA) e Salvador (BA), além da Praça de São Francisco, em São Cristóvão (SE).
No campo do patrimônio imaterial, a região conta com dezenas de bens culturais reconhecidos nacionalmente, que dizem respeito às práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas. Dentre estes bens, a Roda de Capoeira, o Samba do Recôncavo Baiano, o Frevo: Expressão Artística do Carnaval de Recife e o Complexo Cultural do Bumba meu boi do Maranhão são reconhecidos pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.