A Prefeitura Municipal de Caxias decidiu cancelar as festividades do Réveillon, que tradicionalmente acontecem na “Princesa do Sertão”. O anúncio foi feito pelo prefeito de Caxias Fábio Gentil, durante a abertura do Natal iluminado 2021 na última sexta-feira (26). O gestor disse que vai transformar o recurso que seria investido no Réveillon, em cestas básicas que serão distribuídas para as famílias carentes do município.

“Eu suspendi a festa de Réveillon aqui e vou transformar todo o dinheiro da festa em cestas básicas. Vamos comprar peixes no Mercado Central e distribuir para a população. O que eu preciso é do apoio de vocês, porque as festas eu posso fazer a qualquer momento, mas a população precisa do aparato da Prefeitura de Caxias. E, um dos aparatos é esse, reduzir as festas momentaneamente e beneficiar a nossa população”, disse Fábio Gentil, Prefeito de Caxias (MA).

O prefeito segue o que estão fazendo outras cidades brasileiras, que orientadas pelo Comitê de Prevenção e Enfrentamento à covid-19, também estão ouvindo a população, que demonstra que o mais adequado no momento é adiar eventos de grandes proporções.

“O município de Caxias resolveu fazer uma consulta pública. Todos sabem que a pandemia não passou, então é necessário que possamos manter a segurança da população”, destacou Adenilson Dias, procurador do Município.

“A promotoria expediu uma requisição à Secretaria de Saúde para que o Ministério Público possa se posicionar, sobre esses eventos que se aproximam já no final do ano”, destaca Rodrigo de Vasconcelos, promotor de justiça.

“Nas delegacias de Polícia Civil, a gente acata as recomendações feitas pelo Meio Ambiente, pela Prefeitura Municipal, pelas autoridades sanitárias, pelo Corpo de Bombeiros. Nós respeitamos as decisões da Promotoria do Meio Ambiente, e aguardamos as orientações dessas instituições, para que possamos emitir ou não as autorizações que cabem à polícia civil”, frisa Alcides Martins, delegado regional da Polícia Civil.

“Não sou favorável, porque tem muita gente enlutada. O luto dessas pessoas deve ser respeitado, não é tempo de alarde. As pessoas precisam rever valores”, disse Padre Ribamar, da Igreja de São Benedito.

“Ainda se cobra o uso de máscara. É característico de grandes eventos, que as pessoas descumpram essa medida, após o consumo de bebidas alcoólicas. Acho que esse ano seria melhor a gente se resguardar”, afirma Raimundo Gomes, Padre.

A Prefeitura de Caxias está fazendo uma consulta pública pelo site: https://caxias.ma.gov.br/, onde mais de 7 mil pessoas já votaram dizendo que são contra a realização de Réveillon e Carnaval, contra pouco mais de 4 mil que são a favor. Nas ruas, a maioria das pessoas entrevistadas pela Prefeitura de Caxias, demonstra que não quer a realização de eventos de grande porte.

“Estamos em uma pandemia que ainda não acabou. Então é melhor não arriscar. Eu sou contra”, disse Enoi Dias, integrante da ODHC.

“Não tem sentido fazer festa agora. Acho que não é hora de fazer”, disse Francisco de Assis, mototaxista.

“Ainda não está no tempo de realizar grandes festas, porque os problemas já estão voltando fora do Brasil. Eu acho que não devia fazer”, disse Pedro Mendes, mototaxista.

“A pandemia não acabou, o vírus ainda circula. A gente vê países como a Holanda pensando em fechar. Então, se a gente pode evitar aglomeração, é melhor”, disse Lucio Fabiano, integrante da ODHC.

“Ainda não é hora, porque a doença ainda está aí. Embora a vacinação esteja a todo vapor, acredito que seja muito cedo pra fazer grandes festas”, disse Ana Paula, caxiense.

“Eu creio que não é hora de fazer festa. A quarta onda está vindo aí. A Alemanha está fechada, Inglaterra, quem sabe daqui a pouco seja o Brasil”, destaca Aristóteles de Jesus, caxiense.

“Eu acho que as autoridades sanitárias, o pessoal da saúde é quem deve dizer o que pode e o que não pode. Eu sou um pouco leigo no assunto, mas acho que é o pessoal da saúde que pode decidir”, frisa Djalma Miranda, caxiense.

“Eu sou contra, porque Caxias está tão bem. A população está aceitando a vacinação, e que as pessoas continuem se vacinando. Mas, é necessário seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde. O momento não é de Carnaval e nem de Réveillon, vamos fazer as festas com a família, porque em casa a gente sabe quem está vacinado ou não”, opinou Lisiane Queiroz, funcionária pública.

“No meu ponto de vista não é bom realizar. Porque a pandemia está recente, ainda não está controlada totalmente. Por isso, eu sou contra”, frisa Delmiro Morais, caxiense.

“Acho que ainda é precipitado, porque acontecem muitos casos, ainda tem mortes, mesmo de pessoas vacinadas. Acho qualquer aglomeração, precipitado. Eu, sendo profissional de saúde, acredito que deva adiar um pouco mais”, disse Shirlene Barros, médica.