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PlantãoSão João 2023

Prefeitura de São Luís garante mais uma noite animada no Arraial da Cidade

Quatro batalhões de bumba meu boi, uma dança portuguesa, uma companhia de ritmos e um cacuriá animaram o Arraial da Cidade na noite deste sábado (17), promovido pela Prefeitura de São Luís na Praça Maria Aragão (Beira-Mar). O terreiro junino também recebeu o Grupo Lamparina. Neste domingo (18), o público vai aplaudir Joelma, a ‘Rainha do Calypso”, além de grupos folclóricos. A festança começa às 18h.

A Dança Portuguesa Império de Lisboa abriu a noite de sábado, evoluindo no tablado por volta das 18h. O brilho da indumentária fez toda a diferença no palco. Após uma hora de apresentação, entraram os brincantes do Boi Encanto do Olho d’Água com seu batalhão composto de vaqueiros, índias e índios. Depois, foi a vez da Companhia Batuk, do bairro Liberdade, que mostrou um apanhado de ritmos maranhenses com ênfase no bumba meu boi.

Um dos destaques da noite foi o Grupo Lamparina, estreando na programação deste ano no Arraial da Cidade com o show “Fogo da Lamparina”, mesmo nome de uma de suas composições autorais, contemplando ritmos como baião, xote, forró, os quatro sotaques do bumba boi, tambor de crioula, cacuriá e quadrilha. O grupo agitou o público presente com seu alto astral e musicalidade.

As vocalistas Regina, Mairla e Vitória Oliveira deram o tom da apresentação, acompanhadas de quatro músicos e quatro dançarinos. “Nós estamos na programação junina há 16 anos, pois amamos o que fazemos. E este arraial está maravilhoso. Aqui, nós nos sentimos em casa, pois já estivemos várias vezes nesta praça e neste palco, que para nós, assim como para qualquer artista, é sagrado”, disse Regina Oliveira, acrescentando que Lamparina também está recepcionando turistas no aeroporto Marechal Cunha Machado.

Cacuriá e bois

Quem também brilhou no tablado foi o Cacuriá Assa Cana, com suas coreografias sensuais características da dança. Os bois Lendas e Magias, de Ribamar e de Morros se apresentaram na sequência, dando um show de originalidade. Lendas e Magias, sotaque de orquestra, por exemplo, com 9 anos de existência, representa os moradores do Centro Histórico de São Luís, onde realiza, além da brincadeira, oficinas de dança, bordado, palestras e outras atividades.

O Boi de Ribamar, sotaque de matraca, levou a força de sua tradição ao terreiro. Morros, por sua vez, fez uma apresentação animada com o tema “O Socorro vem do Alto”, homenageando, também, o bicentenário do poeta maranhense Gonçalves Dias.

O público circulou por todo o espaço para conferir os atrativos do arraial, como o Barracão do Forró e o Espaço Reggae, sempre com programação contemplando artistas e bandas dos dois gêneros. Ambos os espaços lotaram e todo mundo entrou no clima das duas propostas, uma homenageando o ritmo jamaicano e a outra em reverência à música nordestina.

Turistas e maranhenses também visitaram o estande da Federação dos Criadores de Arte do Maranhão, onde é exposto o artesanato local. A artesã Irene Castro, por exemplo, comercializa tiaras, matracas, chapéus de vaqueiro, adereços de cabeça, entre outros artigos. O item mais barato custa R$ 15,00 e o mais caro, R$ 70,00.

Ela contou que muitos turistas do Sul e Sudeste, principalmente de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, sempre aparecem para conferir os souvenirs. “Eles olham, pegam, pagam e levam, pois acham tudo muito interessante. Aqui no estande, os visitantes também podem fotografar para registrar o momento junino”, disse.

Ambulantes

A festa no Arraial da Cidade é sinônimo de lucro garantido também para os vendedores ambulantes, que se posicionam todas as noites nos arredores da Praça Maria Aragão. Ana Célia Ribeiro, que vende água, refrigerante e cerveja, revelou que chega cedo para organizar tudo e começar o trabalho.

“Basta eu ficar aqui sentada e a galera vem comprar, pois tem muita gente circulando. Uma festa dessa é muito boa para nós, que trabalhamos como ambulantes. Que bom que este ano vai durar mais, pois viemos de uma pandemia que nos desestabilizou geral. Agora, tudo voltou ao normal”, disse.

José Francisco Vieira, vendedor de churros, por seu turno, contou que vende bastante, sendo que ainda mais em dias de shows nacionais. “O pessoal compra mesmo. Eu já monto estoque porque sei que vou vender. Já estou acostumado com essas festas grandes e rende bastante, graças a Deus. Amanhã (domingo), minhas expectativas são as melhores possíveis em termos de vendas por causa do show da Joelma”, disse.