Pacientes do Hospital Presidente Vargas recebem órteses confeccionadas por terapeutas da unidade de saúde

Pacientes do Hospital Presidente Vargas, em São Luís, têm sido beneficiados por órteses confeccionadas por terapeutas da unidade de saúde. O aparelho recebido pelos pacientes serve para manter um adequado alinhamento das articulações e músculos, prevenindo assim contraturas musculares e deformidades articulares. O custo de uma órtese varia entre R$ 50 e R$ 150, mas os pacientes da unidade têm recebido o aparelho gratuitamente.

“Eu só tenho a agradecer. Com essa crise financeira, não temos dinheiro no momento. Ainda bem que ganhamos. Esse material aí é muito bom pra evitar de ela fechar as mãos e ficar com a mão torta”, contou o marido de uma das pacientes que recebeu uma órtese de posicionamento, confeccionada pelas duas profissionais de Terapia Ocupacional da unidade de saúde, Pollyana Maciel Portela e Precila Martins Almeida.

Outros pacientes de enfermaria e da UTI do Hospital Presidente Vargas estão recebendo gratuitamente desde o início deste ano as órteses. A iniciativa partiu devido à demanda observada na unidade de saúde. Não é uma linha de produção fixa, as órteses são confeccionadas de acordo com a necessidade apresentada pelos pacientes e com materiais de baixo custo. 

“A prescrição e confecção de órteses está no rol de atividades da Terapia Ocupacional. São órteses feitas com materiais de baixo custo, usando como matéria-prima a atadura gessada, algodão ortopédico, EVA e velcro”, relatou a terapeuta ocupacional Precila Martins Almeida. 

Geralmente, os pacientes com sequelas neurológicas ou com deformidades importantes em membros inferiores ou superiores necessitam do uso de órteses. As órteses são dispositivos que podem estabilizar, imobilizar, aliviar o corpo ou membros afetados ou fornecer orientação fisiológica correta.

“As órteses auxiliam a função do membro, de um órgão ou tecido. Elas têm uma função importante para manter um posicionamento adequado dos membros e para prevenir a instalação de deformidades, como mãos em garra ou pés caídos”, explicou Pollyana Maciel Portela, terapeuta ocupacional do Hospital Presidente Vargas.

Diferente de próteses, as órteses são temporárias, por conta do desgaste do material, risco de contaminação, prescrita e supervisionada pelo profissional de terapia ocupacional para corrigir o movimento inadequado. São feitas sob medida conforme especificidades individuais para indicação e confecção, utilizadas como um complemento à fisioterapia.

O Hospital Presidente Vargas, em São Luís, é gerenciado pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), e referência na rede de Estado da Saúde para o tratamento de doenças infecciosas como HIV, tuberculose e doenças tropicais.